segunda-feira, 11 de março de 2013

Nanopartículas rastreáveis aumentam eficácia da quimioterapia

Partículas, que transportam drogas anticâncer para o tumor, são monitoradas por meio de exames de ressonância magnética

Pequenas partículas rastreáveis carregadas com medicamentos podem melhorar a eficácia de tratamentos quimioterápicos. É o que revela estudo de pesquisadores do Karolinska Institute, na Suécia.

As nanopartículas, que transportam drogas anticâncer diretamente para células tumorais, podem ser vistas e monitoradas por meio de exames de ressonância magnética. Desenvolvidas para o tratamento do câncer de mama, as nanopartículas são biodegradáveis e não tóxicas.

O estudo foi publicado na revista Particle & Particle Systems Characterization.

A equipe, liderada por Eva Malmström-Jonsson e seus colegas, desenvolveu um método que faz com que as nanopartículas espontaneamente se construam com macromoléculas sob medida. A formação requer um equilíbrio entre a parte hidrófila (capaz de se dissolver em água) e a parte hidrofóbica (não solúvel em água) da partícula. A porção hidrofóbica torna possível encher a partícula com a droga.

Para tornar a partícula rastreável, os pesquisadores usaram uma concentração relativamente elevada do isótopo natural 19F (flúor), que torna as partículas visíveis em imagens de alta resolução tiradas por ressonância magnética (MRI).

Segundo os pesquisadores, seguindo o caminho das nanopartículas no corpo é possível obter informações sobre a forma como a droga é absorvida pelo tumor e se o tratamento está funcionando.

Os cientistas encheram as nanopartículas com o medicamento de quimioterapia doxorrubicina, utilizado hoje em dia para o tratamento de câncer de bexiga, pulmão, ovário e mama.

Em experiências com culturas de células, eles mostraram que as próprias partículas não são prejudiciais, mas podem eficazmente matar células cancerosas depois de terem sido carregadas com a droga.

O passo seguinte é desenvolver um sistema para atacar tumores que são difíceis de tratar com a quimioterapia, tais como tumores cerebrais, câncer pancreático, e tumores da mama resistente a drogas.

A equipe acredita que, em longo prazo, a pesquisa pode resultar em tratamentos de quimioterapia adaptados que procuram células tumorais. Isto permitiria à droga tóxica ser entregue mais especificamente ao tumor, tornando o tratamento mais eficaz, enquanto reduz os efeitos secundários.

Fonte: Isaúde.net

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