sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Alzheimer pode estar associado com problemas no metabolismo, diz pesquisa

O desenvolvimento tardio do Alzheimer ou seja, na terceira idade, pode estar relacionado com problemas na maneira como o corpo produz energia, diz estudo publicado na atual edição do “Scientific Reports”, publicação associada ao grupo “Nature”. O estudo foi coordenado pelos pesquisadores Kai Sonntag e Bruce Cohen, da Harvard Medical School e do McLean Hospital, nos Estados Unidos.
Cientistas partiram da hipótese que, como o Alzheimer é mais comum na idade avançada e esse período condiz também com uma série de disfunções no metabolismo, os dois fatores poderiam estar associados. Soma-se a isso o fato de que o cérebro é o órgão que mais demanda energia no corpo.
Para testar essa premissa, pesquisadores analisaram células da pele de pacientes com Alzheimer tardio e verificaram que eles apresentavam uma disfunção na mitocôndrias (organela celular fundamental para a produção de energia). Eles observaram que a estrutura apresentava uma redução nas moléculas que são importantes na produção de energia, incluindo o dinucleótido de nicotinamida adenina (NDA).
Em seu estudo, Sonntag e Cohen analisaram os perfis bioenergéticos de fibroblastos da pele de pacientes com Alzheimer e de pesssoas saudáveis, em função da idade e da doença.
Os cientistas analisaram os dois principais componentes que produzem energia nas células: a glicólise, que é o mecanismo para converter a glicose em moléculas de combustível para o consumo das mitocôndrias; e a queima desses combustíveis, tarefa que usa oxigênio em um processo chamado de respiração mitocondrial.
Além de uma disfunção no metabolismo das mitocôndrias, as células dos pacientes demonstraram uma mudança na produção de energia na glicólise, com problemas em aumentar a captação de glicose em resposta ao IGF-1, um analógico da insulina. Pesquisadores também observam que, como as células nervosas do cérebro dependem quase inteiramente da energia derivada das mitocôndrias, o fracasso da função mitocondrial pode ser particularmente prejudicial no cérebro.

Imagem de microscópio eletrônico mostra duas mitocôndrias presentes em tecido pulmonar de mamífero. Disfunções nessa estrutura presentes nas células podem estar associadas ao Alzheimer (Foto: Domínio público)

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Elsevier faz doações à Biblioteca do Instituto Biomédico

A Editora de Livros Elsevier fez doações de livros, nesta data, indicados pelos professores de disciplinas do Departamento de Morfologia do Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense: Professor Dr. Márcio Babinski e Professor Dr. Renato Silveira.
 A chefia da Biblioteca do Instituto Biomédico, bibliotecária Vanja Nadja Ribeiro Bastos, participou deste processo e registra seu agradecimento à Elsevier, através do profissional Alexander Ribeiro, pela contribuição ao acervo de bibliografia básica dos cursos atendidos pela biblioteca, em nome da Superintendência de Documentação da Universidade Federal Fluminense, da direção da Unidade, da equipe da biblioteca e dos seus usuários.









quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Comunicação cérebro-máquina: pesquisadores conseguem sensação artificial


Pesquisadores da Universidade de Genebra conseguiram proporcionar uma sensação artificial de um movimento protético para o cérebro.
Desde o início dos anos setenta, os cientistas vêm desenvolvendo interfaces cérebro-computador. A principal aplicação é o uso de próteses neurais em pacientes paralisados ou amputados. Um membro protético controlado diretamente pela atividade cerebral pode recuperar parcialmente uma atividade motora perdida.
Isso é alcançado através da decodificação da atividade neuronal registrada por eletrodos e, então, as traduzindo em movimentos robóticos. Contudo, tais sistemas possuem precisão limitada devido à ausência de feedback sensorial do membro artificial. Neurocientistas na Suíça, se perguntavam se é possível transmitir a sensação faltante de volta ao cérebro por meio de estímulo da atividade neural no córtex. Eles descobriram que não só é possível criar uma sensação artificial dos movimentos neuroprotéticos, mas também que o processo básico de aprendizado ocorre de maneira bem rápida.
As conclusões do estudo, publicadas no periódico científico Neuron, foram obtidas utilizando ferramentas modernas de imagem e simulação óptica, oferecendo uma inovadora alternativa à abordagem clássica com eletrodos.
A função motora é o cerne de todos comportamentos e nos permite interagir com o mundo. Portanto, substituir um membro perdido por uma prótese robótica é assunto de muitas pesquisas, ainda que resultados bem sucedidos sejam raros.
Porque isso ocorre? Até este momento, interfaces cérebro-máquina são amplamente operadas na dependência de percepção visual: o braço robótico é controlado olhando-se para ele. Ou seja, o fluxo direto de informação entre cérebro e máquina permanecia, assim, unidirecional. Porém, a percepção de movimento não é apenas baseada na visão mas principalmente na propriopercepção — a sensação de onde o braço está localizado no espaço.
“Assim sendo, nós nos perguntamos se seria possível estabelecer uma comunicação bidirecional em uma interface máquina-cérebro: ler simultaneamente a atividade neural, traduzi-la em movimento protético e re-injetar um feedback sensorial desse movimento no cérebro”, explica Daniel Huber, professor no Departamento de Neurociência Básica da Faculdade de Medicina da UNIGE.
Ao contrário das abordagens invasivas que usam eletrodos, a equipe de pesquisadores do professor Huber se especializou em técnicas óticas de visualização e estimulação da atividade cerebral. Usando um método conhecido por microscopia de duplo-fóton, eles mediram repetidamente a atividade de centenas de neurônios com resolução de única célula.
Os pesquisadores da Universidade de Genebra acreditam que a razão pela qual essa sensação fabricada é tão rapidamente assimilada é porque é bem provável que ela está ligada a funções cerebrais muito básicas. Sentir a posição dos nossos membros acontece automaticamente, sem pensar muito, e que provavelmente reflete os mecanismos dos circuitos neurais fundamentais. Esse tipo de interface bidirecional pode permitir o desenvolvimento futuro de braços robóticos posicionados com mais precisão nos movimentos, sentindo os objetos tocados ou percebendo a força necessário para segurá-los.
Atualmente os neurocientistas da UNIGE estão examinando como produzir uma resposta sensorial mais eficiente. Eles já são capazes de fazer isso para um único movimento, mas será possível também prover múltiplos canais de respostas em paralelo? Esta pesquisa define as bases para o desenvolvimento de uma nova geração de próteses neurais bidirecionais.




terça-feira, 17 de outubro de 2017

Dia Nacional da Vacinação

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde. A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – seja contaminada.
No Brasil existe o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Em 40 anos de existência, o PNI se destacou por ser um dos melhores programas de imunização do mundo e vem atuando na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população. São oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos utilizados na prevenção e/ou tratamento de doenças, incluindo 25 vacinas.
Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas. Atualmente, 96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência. Isso porque o país tem um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. Um importante patrimônio do país que o coloca em situação privilegiada e vantajosa em relação a outros países do mundo, e ainda possibilita o desenvolvimento científico e tecnológico.
É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas.
Além da erradicação de doenças, o PNI vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, formas graves da tuberculose, difteria, tétano acidental e coqueluche. O Ministério da Saúde realiza três campanhas fixas (contra poliomielite, de atualização da caderneta, influenza) por ano para incentivar e conscientizar a população sobre a importância da vacina, especialmente aos grupos prioritários, entre esses as crianças. A cobertura vacinal, nos últimos dez anos, foi de 95%, na média, para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas.
O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Conheça as Bases de dados de Livros Eletrônicos Minha Biblioteca, Biblioteca Virtual Pearson e Evolution

Está disponível para você, professor, aluno ou servidor da UFF, o acesso às bases de dados de livros eletrônicos "Minha Biblioteca",  "Biblioteca Virtual Pearson"  e "Evolution". O acesso é um trial para que toda comunidade acadêmica da UFF conheça e teste todas as funcionalidades das bases. Você poderá consultar o acervo disponível em seu conteúdo completo, e gratuitamente, durante o período de testes.

Para saber como, basta procurar umas das bibliotecas da UFF e se informar com um de nossos bibliotecários.

E se você não conhece nenhuma dessas bases, não se preocupe, confira com a gente o principal que você precisa saber sobre cada uma delas.

Minha Biblioteca

É um consórcio formado pelas quatro principais editoras de livros acadêmicos do Brasil - Grupo A, Grupo Gen-Atlas, Manole e Saraiva - que oferece às instituições de ensino superior uma plataforma prática e inovadora para acesso a um conteúdo técnico e científico de qualidade pela internet.

Através da plataforma Minha Biblioteca, estudantes terão acesso rápido e fácil a milhares de títulos acadêmicos entre as principais publicações de diversas áreas de especialização: direito, ciências sociais aplicadas, saúde, entre outras.

A Minha Biblioteca conta atualmente com mais de 8.000 títulos, das principais editoras acadêmicas do país.

Com a Minha Biblioteca você poderá além da leitura ter acesso a recursos como:

  • Realce com opções de cores;
  • Anotações;
  • Pesquisa por palavra chave;
  • Acesso rápido ao sumário;
  • Metadados em Marc 21;
  • Estatísticas de uso;
  • Impressão de parte do conteúdo.
A Minha Biblioteca é uma plataforma simples e moderna, que pode ser acessada em qualquer lugar, pela internet, através de computadores, smartphones e tablets.

Acesso por login e senha, até o dia 31/10/2017. 
Para acesso, procure uma biblioteca da UFF e se informe.
Conteúdo nas áreas: Direito, Ciências Sociais Aplicadas, Biociências, Engenharia, entre outras.

Biblioteca Virtual Universitária (Pearson)

A Biblioteca Virtual Universitária (BVU) é uma iniciativa pioneira de acervo de livros digital composto por milhares de títulos, que abordam mais de 40 áreas do conhecimento, tais como: administração, marketing, economia, direito, educação, filosofia, engenharia, computação, medicina, psicologia, enfermagem, psiquiatria, gastronomia, entre outras.

Por meio de uma plataforma intuitiva e ágil, os usuários da BVU acessam títulos de mais de 20 editoras parceiras: Pearson, Manole, Contexto, Intersaberes, Papirus, Casa do Psicólogo, Ática, Scipione, Companhia das Letras, Educs, Rideel, Jaypee Brothers, Aleph, Lexikon, Callis, Summus, Interciência, Vozes, Autêntica, Freitas Bastos e Oficina de Textos.

Pode ser acessada por computadores, tablets e smartphones, de qualquer lugar e a qualquer hora do dia.

Atualização permanente de títulos.

Acesso por login e senha, até o dia 31/10/2017.
Para acesso, procure uma biblioteca da UFF e se informe.
Mais de 40 áreas do conhecimento.




Evolution

O e-volution é a biblioteca digital multimídia da Elsevier para o aprendizado inteligente. Com layout inovador, funcionalidades exclusivas e ótimos recursos, agora o e-volution garante uma experiência completa de ensino e aprendizagem para alunos e professores de sua instituição.

Com conteúdos Elsevier conceituados nos meios acadêmico e profissional, o e-volution oferece uma experiência muito além do e-book, com interatividade, compartilhamento de informações e um amplo conteúdo multimídia para apoiar os estudos dentro e fora da sala de aula.

Com o e-volution é possível fazer anotações virtuais, marcações de páginas e realçar conteúdo. Acesso individual permite que todas as interações fiquem salvas para posterior consulta!

Aplicativo para tablets e smartphones, disponíveis para Android e IOS, permite acesso a qualquer hora, em qualquer lugar.

Acesso por IP's da UFF, até o dia 30/11/2017.
Acessar clicando aqui.
Conteúdo nas áreas: Exatas, Humanas e Saúde.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Medicamento em gotas ajuda a retardar progressão dos sintomas do Alzheimer

Em todo o mundo existem cerca de 47 milhões de indivíduos acometidos pela demência e, a cada ano, surgem 9.9 milhões de novos casos.  Hoje, a principal causa de demência na terceira idade é a doença de Alzheimer (DA), responsável por 60% e 70% dos casos, indicam dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Alzheimer já atinge 1.2 milhão de pessoas de acordo com a Academia Brasileira de Alzheimer.

Com o aumento da expectativa de vida no país, estima-se que a população acima dos 65 anos cresça nos próximos anos. O que contribui para que a sociedade como um todo e a classe médica dediquem mais atenção ao Alzheimer. Este que já é considerado um dos grandes problemas de saúde pública mundial.

Uma boa notícia para o tratamento da patologia no Brasil é a chegada de uma nova apresentação do cloridrato de memantina, a primeira memantina gotas do mercado nacional. Trata-se de uma solução oral indicada para a doença de Alzheimer de moderada à grave e que age diretamente na progressão dos sintomas da doença. Entre os diferenciais da terapia está a posologia que ajuda aos pacientes que possuem dificuldades de deglutição. O que favorece a adesão ao tratamento.

O Dr. Paulo Caramelli, neurologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais explica que um dos sinais mais comuns do Alzheimer é a perda da memória recente, na qual o indivíduo tem dificuldade de guardar fatos ocorridos no dia-dia, porém episódios do passado algumas vezes são preservados.

“A doença possui três fases (leve, moderado e grave) e existem situações em que o paciente esquece o nome de pessoas, objetos, palavras e, dependendo do estágio que se encontre, há uma mudança de comportamento mais acentuada com sinais de depressão, apatia e agressividade. A demência causada pelo Alzheimer tem consequências no físico, psicológico e social do indivíduo”, esclarece Caramelli.

O Alzheimer é uma doença lenta e progressiva que afeta diretamente o cérebro e leva a degradação e morte dos neurônios, causando um comprometimento da função cognitiva, ou seja, um impacto na memória, linguagem, orientação, compreensão e pensamento. No início, algumas áreas são atingidas e num período de dez anos todo cérebro é acometido pela patologia. Além disso, pode ocorrer degradação do controle emocional e social.

Caramelli recomenda ainda que os cuidadores fiquem atentos ao comportamento do paciente e, caso notem sinais diferentes relacionados a memória, que busquem um especialista para que sejam feitos exames de diagnóstico - laboral ou de neuroimagem (ressonância magnética ou tomografia computadorizada) – para ter certeza sobre o Alzheimer.

Qualidade de vida do paciente e o papel da família

Com o avançar do Alzheimer, o paciente torna-se cada vez mais dependente de cuidadores e familiares, tendo a necessidade de estar sempre acompanhado em sua rotina diária. Desde a hora que acorda, durante as refeições, na realização da higiene pessoal e nos momentos de lazer, sempre deve ter alguém próximo para auxiliar. Por este motivo, o especialista destaca a importância dos familiares para entender e ajudar seu ente querido nesta fase delicada em que a memória está se perdendo.

“Na maioria das vezes, os cuidadores fazem parte do seio familiar, são cônjuges, filhos (as), netos (as), noras e genros. Para todos, é necessário que haja paciência, dedicação e amor, pois os indivíduos acometidos pela doença não fazem ideia da gravidade do problema e não conseguem ter autonomia. Estimular a conversa, a realização de jogos de memória e a interação diária são fundamentais para o bem viver. O esforço coletivo  é a maneira mais adequada para possibilitar uma melhor qualidade de vida para esses pacientes”, finaliza o neurologista.

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