sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Campanha alerta para importância de doações de sangue durante todo o ano


Para reforçar a importância da doação de sangue, sensibilizar novos doadores e fidelizar os que já existem, o Ministério da Saúde promove a Semana Nacional do Doador de Sangue, antecipando a celebração do Dia Nacional do Doador de Sangue, 25 de novembro.
O objetivo é fazer com que mais brasileiros tenham a doação de sangue como um hábito, não apenas em datas específicas ou quando conhecem alguém que necessita de transfusão.
“Precisamos expandir essa compreensão e doar sangue de forma regular, voluntária e solidária. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, mas o sangue é insubstituível. Por isso, as doações são fundamentais o ano inteiro”, reforça o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde está apoiando a iniciativa desenvolvida pela Uber, em parceria com 40 hemocentros, de 25 cidades do País, para estimular a doação de sangue. Ações como essa ajudam os hemocentros na manutenção dos estoques estratégicos, o que pode salvar muitas vidas.
Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar o índice.
Não há substituto para o sangue, que pode ser utilizado para diversas finalidades, como tratamento de pessoas com doenças crônicas (talassemia e doença falciforme), alguns tipos de câncer, transplante, cirurgias eletivas de grande porte, acidentes ou outras situações que necessitam de transfusão.
Em 2015, cerca de um milhão de pessoas doaram sangue pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações. Já outras 1,6 milhão de pessoas, ou 62% do total, retornaram para doar. Durante o período, foram realizadas 3,7 milhões de coletas de bolsa de sangue no País, resultando em 3,3 milhões de transfusões.
Apesar disso, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Hemorrede Pública Nacional encontram-se com os estoques no limite, apresentando dificuldades na manutenção dos estoques estratégicos e necessitando de mais doadores. “Embora o sistema brasileiro seja uma referência internacional, é fundamental fazer a manutenção e a ampliação permanente das doações”, lembra a coordenadora-substituta de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rosana Nothen.
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis, e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. É preciso pesar, no mínimo, 50kg e estar em bom estado de saúde.
O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independentemente de parentesco. Atualmente, 32 hemocentros coordenam os 530 serviços de coleta distribuídos por todo o País. Em 2015, o Ministério da Saúde investiu R$ 617,2 milhões na rede de sangue. Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do SUS para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da hemorrede.
A Campanha Nacional de Doação de Sangue tem como slogan “Doar sangue é compartilhar vida”, trazendo uma mensagem de agradecimento aos atuais doadores. A ideia central da campanha é constituir uma cultura solidária de doação de sangue espontânea na população brasileira, independentemente das características individuais e de o doador conhecer ou não a pessoa que precisa de sangue.


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A Biomedicina está em alta no mercado de trabalho


O recente aparecimento e surto de novas doenças trouxeram ao cenário médico um novo profissional. A busca por novos métodos de diagnóstico fez crescer a procura por profissionais Biomédicos.
A profissão, por ser nova no cenário brasileiro, ainda sofre alguns preconceitos em relação a outras áreas, como por exemplo a Farmácia e a Medicina. Já podemos observar de perto a luta que o profissional Biomédico está enfrentando em alguma de suas áreas de atuação, como por exemplo na Citologia Oncológica. O profissional cada vez mais vem conquistando seu lugar.
Um dos campos mais valorizados hoje na área da saúde é o de inovação, e é nesse ponto de inovar que o Biomédico se encaixa. Ele procura por respostas, por tratamentos, por curas e principalmente por novas formas de fazer saúde. E é essa inovação que as empresas do ramo procuram e é por isso que a biomedicina cresce cada vez mais no Brasil.
A Biomedicina oferece ao profissional uma gama de opções e especializações. São mais de 35 áreas, dentre as quais se destacam Análises Clínicas, Estética, Reprodução Humana, Perícia Criminal, entre outras. 
A Biomedicina vem crescendo em todo o território brasileiro, um dos motivos para isso, além de um mercado de trabalho promissor para a área, são as universidades que já oferecem o curso para seus acadêmicos. Muitas destas universidades estão formando suas primeiras turmas de alunos devido a recente profissão.
Os recém-formados em Biomedicina costumam iniciar suas carreiras profissionais em laboratórios e hospitais, locais onde encontramos diversas funções e setores diferentes, o que ajudam os iniciantes a conhecerem e traçarem uma área para se especializar.

                                              Biomédico trabalhando em Laboratório

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

'Bactéria do bem' é a mais promissora pesquisa contra zika

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quarta-feira (16) que a pesquisa que utiliza a bactéria Wolbachia, também chamada de “bactéria do bem”, é a “mais promissora” no combate ao vírus da zika.
“Combate ao Aedes é uma prioridade. Temos vários investimentos para o controle dessas endemias. A pesquisa mais promissora é a Wolbachia, (...), que quando infecta o mosquito Aedes Aegypti tira dele a capacidade de ser transmissor universal. (...) E temos a vacina da zika na Fiocruz e a vacina da zika na Evandro Chagas”, disse o ministro num evento sobre hospitais privados em São Paulo.
Os resultados da pesquisa que envolve a bactéria Wolbachia têm animado os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que começou os estudos no Rio de Janeiro e em Niterói. Se injetada em ovos do mosquito, a “bactéria do bem” pode neutralizar a transmissão das doenças causadas pelo Aedes.
O ministro também lembrou do início da campanha do governo contra o Aedes aegypti, no domingo (20), e o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito será no dia 25.
Todas as tsextas-feiras deverão ser "dia nacional de conscientização contra o Aedes", explicou.
De acordo com o ministério, a campanha deste ano deverá conscientizar sobre as consequências das diversas doenças causadas pelo mosquito. No último ano, com o aumento dos casos de dengue, a doença ficou em destaque. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Zika causa alterações tardias em 42% dos bebês nascidos normais

Quatro em cada dez crianças que foram expostas ao vírus da zika durante sua gestação e nasceram sem alterações perceptíveis registraram problemas neurológicos após seus primeiros meses de vida.
O dado é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Fernandes Figueiras da Fiocruz, que será publicada nas próximas semanas na revista New England Journal of Medicine.
O estudo acompanhou cerca de cem crianças que foram expostas ao vírus durante sua gestação mas não tinham apresentado microcefalia ou qualquer alteração neurológica em diversos exames de imagem no seu nascimento, explicou a pesquisadora Maria Elisabeth Moreira, durante simpósio internacional sobre o vírus.
Dessas crianças, 42% desenvolveram algum tipo de alteração neurológica entre os três e os seis meses de vida.
Hipertonia, hipersensibilidade e choro inconsolável são as características mais comuns desenvolvidas nesses bebês. "É importante agora que a gente qualifique melhor isso com testes psicométricos, que serão capazes de indicar o que podemos fazer com essas crianças. Se essa criança tem alteração motora, se essa criança está com atraso na linguagem..."
Em março, o grupo já tinha alertado que o vírus da zika causava danos ao feto em qualquer período da gestação, e não apenas nos primeiros três meses da gravidez. Naquele estudo, os pesquisadores apontaram que, na amostra estudada, de cada dez mulheres infectadas por zika, três tiveram bebês com defeitos congênitos.
A nova etapa da pesquisa mostra uma outra faceta das consequências do vírus da zika. As consequências tardias do vírus e a necessidade de acompanhar as crianças de todas as mães que foram infectadas por zika.
"Essa informação de que 42% das crianças consideradas nascidas normais pode ter alguma alteração neurológica é uma informação para realmente nos apavorar", comentou Enrique Vásquez, representante da OMS (Organização Mundial de Saúde) no Brasil.
Durante a reunião de pesquisadores do vírus da zika no Rio de Janeiro, médicos e cientistas mostraram preocupação com crianças que possam ter lesões ou alterações neurológicas e não estão sendo acompanhadas devidamente.
Entre os casos apresentados, está o de uma criança nascida com o crânio e mesmo o cérebro do tamanho esperado para sua idade, mas com importantes calcificações no tecido cerebral.
Perguntada se haveria risco de lesões neurológicas para crianças de até um ano que sejam infectadas pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, Maria Elizabeth disse que essa é uma das questões que continuam sem resposta.
"Essa é uma informação que a literatura ainda não nos mostra. A chance de você fazer lesão em um órgão como o cérebro é maior durante o período intrauterino, mas não posso te dizer que não existe." Esse é um dos temas que deve ser estudado pela Fiocruz em parceria com o norte-americano NIH (Instituto Nacional de Saúde, em inglês).
A pediatra do IFF alerta para a necessidade de trabalhar desde cedo com o estímulo dessas crianças para minimizar os problemas e melhorar a qualidade de vida delas.
"Temos uma janela de oportunidade para fazer alguma coisa por essas crianças no primeiro ano de vida, que é quando o cérebro está crescendo", afirma Moreira. "Neste momento, uma área afetada pode ser substituída pelo crescimento de uma área normal por conta na neuroplasticidade."
Para ela, todas as crianças nascidas de gestantes que foram expostas ao vírus da zika ou tiveram sintomas de zika deveriam ser acompanhadas no primeiro ano de vida e receber estímulos para garantir seu desenvolvimento neurológico.
"Essas crianças que nasceram durante a epidemia de zika não são uma geração perdida. Nós temos algo para fazer por elas. Todas elas merecem ser acompanhadas e estimuladas para alcançar em sua plenitude as suas habilidades."
Elizabeth indica que o Ministério da Saúde mude seu protocolo para que inclua a necessidade de estímulo de todas essas crianças.
Só neste ano, o Ministério da Saúde registrou 16,5 mil casos prováveis de gestantes infectadas pelo vírus da zika. Desses, 9,5 mil foram confirmados laboratorialmente.


Fonte:  UOL Notícias: http://noticias.uol.com.br/saude/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O que é o Mayaro, vírus que pode estar se espalhando pelo continente e preocupa cientistas


Primeiro foi o Chikunguya e, depois, o Zika. Agora, cientistas e epidemiologistas começam a se preocupar com outro vírus: o Mayaro.
Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, anunciaram ter encontrado no Haiti um caso inédito de mayaro, doença caracterizada por uma febre hemorrágica similiar à da chikungunya.
Ainda que o vírus não seja totalmente desconhecido - foi detectado nos anos 1950 -, até agora só haviam sido registrados pequenos surtos esporádicos na região amazônica e seus arredores.
Especialistas alertam que este caso pode ser um indício de que o vírus está se espalhando e já começa a circular pela região do Caribe.
"Os sintomas são muito similares aos da chikungunya. Por isso, quando o paciente vai ao médico, pensam se tratar dessa doença e não sabem que é mayaro", disse John Lednicky, que liderou a equipe da universidade americana responsável pelo estudo.
Lednicky explicou não haver nenhum sintoma que distingua a chikungunya da febre mayaro. Ambas provocam febre, erupções na pele e dores nas articulações.
Em ambos os casos, os efeitos são mais prolongados do que em paciente com dengue e zika, chegando a durar de seis meses a um ano.
"O que está acontecendo é que estamos nos deparando com pacientes que se queixam de erupções na pele e dores musculares prolongadas, mas os exames dão negativo para Zika e Chikungunya. Então, o que afinal eles têm?", disse Lednicky.
O preocupante é que o vírus detectado no Haiti é geneticamente diferente dos que haviam sido descritos previamente, esclareceu o especialista.
"Não sabemos se é um vírus novo ou uma nova cepa de diferentes tipos de Mayaro."
O vírus foi descoberto em 1954 em Trinidad e Tobago, mas até agora só se sabia de surtos isolados na selva amazônica e em outras partes da América do Sul, como Brasil e Venezuela.
O caso encontrado pela Universidade da Flórida foi identificado a partir de uma amostra de sangue de um menino de 8 anos de uma zona rural do Haiti. Ele tinha febre e dores abdominais, mas não apresentava erupções nem conjuntivite, sintomas normalmente associados à chikungunya.
Pesquisadores da universidade colheram uma série de amostras durante e depois do surto de chikungunya no Haiti.
Após a análise virológica e molecular para detectar os vírus da dengue e da zika, foi confirmada a presença da dengue no paciente alvo do estudo, mas também de um novo vírus, identificado depois como o Mayaro, disse Lednicky.
Enquanto a atenção do mundo estava voltada para o Zika, "a descoberta deste outro vírus é uma grande fonte de preocupação", disse Glenn Moris, diretor do Instituto de Enfermidades Patógenas Emergentes da Universidade da Flórida.
Pesquisadores estão preocupados com uma possível disseminação do Mayaro após o furacão Matthew.
Lednicky explicou que é "difícil avaliar o quão grave é o surto de mayaro neste momento", já que existem poucos estudos sobre o vírus.
"No Brasil, há dois tipos genéticos diferentes, e não sabemos qual é o mais virulento. Faltam mais estudos e monitoramento das áreas afetadas."
Um problema é a falta de recursos para fazer essas pesquisas, segundo médico americano.
"Na Universidade da Flórida, estamos buscando fundos, mas é difícil obtê-los para esse tipo de estudo nos Estados Unidos. E no Haiti, os poucos recursos que eles têm são necessários para cobrir as necessidades mais básicas dos pacientes."
Lednicky acrescentou não saber o que vai acontecer no Haiti após a passagem pelo país do furacão Matthew, que poderia ter levado os mosquitos transmissores da doença até a República Dominicana e outras. 
Muitos pacientes no Caribe e na América do Sul podem estar sendo diagnosticados erroneamente com chikungunya. A semelhança com o vírus da chikungunya também preocupa os cientistas.
Em um artigo publicado na revista Scientific American, Marta Zaraska, jornalista especializada em ciência, destaca que isso poderia explicar por que o Mayaro pode se tornar um problema generalizado.
"Ambos os vírus eram originalmente transmitidos por mosquitos da selva, infectando pessoas na região amazônica, mas o Chikungunya tem se adaptado e hoje é transmitido por mosquitos urbanos, como o Aedes albopictus e o Aedes aegypti", que também transmitem a febre amarela, a dengue e a zika.
Segundo Zaraska, "o mesmo pode estar ocorrendo no caso do Mayaro".
Em exames de laboratório, foi provado que o Aedes albopictus e o Aedes aegypti podem ser vetores da febre mayaro - e o fato do vírus ter sido detectado no Haiti sugere que ele também está se adaptando ao ambiente urbano.

Fonte: G1. Globo.com: http://g1.globo.com/bemestar/


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Experimentação Animal: Alternativas, Ética e Biossegurança


Acontecerá no Auditório do Instituto Biomédico, Bloco C - Campus do Valonguinho. Centro. Niterói - RJ o Curso de Extensão: Experimentação Animal: Alternativas, Ética e Biossegurança.
Período: 08/11/2016 - 09:00 até 24/11/2016 - 13:00.  Inscrição: 24/10/2016 - 00:00 até 02/11/2016 - 23:00.
Objetivos:
O objetivo desse curso é proporcionar aos seus participantes uma visão atual sobre a experimentação animal, no que se refere as questões éticas envolvidas, a legislação no país, aos métodos alternativos, aos riscos envolvidos na proteção da saúde individual e coletiva e do ambiente e as iniciativas em curso para uma ciência mais ética e de qualidade.
Público-alvo:
Destina-se as pessoas envolvidas com a pesquisa e o ensino na área biológica/biomédica, especificamente aquelas que estão diretamente relacionadas com o uso de animais em atividades científicas. Isso inclui: pesquisadores, professores, alunos, técnicos, responsável técnico, dentre outros profissionais da área que manifestem interesse pela temática.
Conteúdo programático:
Experimentação Animal: Alternativas, Ética e Biossegurança
Dias 08,10,17,22 e 24 de novembro
9:00-12:00
08/11
Questionário de Avaliação Preliminar
1- Ética Animal: Rita Paixão. Instituto Biomédico- UFF.
2- Invertebrados e Ética: Gian Mallot. GGN-UFF.
2- Bem Estar Animal: Juliana Almeida –UFF
10/11
4- Métodos Alternativos Situação no Brasil e no Mundo: Octavio Pesgrave – Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos – BRACVAM. INCQS-FIOCRUZ.
5- Política de Implantação de Métodos Alternativos na Experimentação Animal: Isabella Fernandes Delgado – INCQS -FIOCRUZ.
17/11
6- Manejo Animal: Maria Lúcia Barreto . GIM-NAL-UFF.
7- Legislação e Biossegurança na Experimentação Animal: Carlos Alberto Müller – IOC-FIOCRUZ
8- Cursos a Distância na FIOCRUZ – Norma Vollmer Labarthe. UFF/FIOCRUZ .
22/11
9- Métodos Alternativos na Experimentação Animal: Aspectos Técnicos. Gutemberg Alves -GCM-UFF
10- Métodos Alternativos em Invertebrados: Regina Cely Barroso e Gabriela Senna (IF-UERJ) e Patricia Azambuja (IOC-FIOCRUZ).
11- Experimentação animal: base legal e Renama. José Mauro Granjeiro. INMETRO e GCM/UFF.
24/11
Avaliação Final
Oficina de Avaliação do Curso
Carga horária do curso:
20
Nº de vagas:
80
Investimento:
Gratuito
Área temática: Saúde

Fonte: UFF: http://www.uff.br/

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Treinamento em base de dados Thomson Reuters

O ICICT - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde da FIOCRUZ realizará em 31 de outubro de 2016, na Sala Multimídia (ex auditório), o treinamento em bases de dados Bases de dados Thomson Reuters. O treinamento terá a participação da facilitadora: Deborah Dias - representante da Thomson Reuters.
Apresentações:
Web of Science - base referencial, multidisciplinar, de atualização semanal, que indexa revistas cientificas e conferencias do mundo inteiro, desde 1945. Possui ferramentas para análise de citações, ranking e criação de alertas.
Endnote online - software de gerenciamento bibliográfico na web. Permite criar base de dados de referências personalizada e fazer a formatação automática de citações e referências no MSword.
Período de inscrições: 20/10/2016 15:00 a 31/10/2016 12:00.


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Conscientização sobre doença de Gaucher é reforçada em outubro



Além do câncer de mama, o mês de outubro é dedicado também à conscientização de outra doença: a doença de Gaucher.Ela é caracterizada pela falta ou deficiência da atividade de uma enzima. Com incidência estimada em 1 para 120 mil pessoas, o Brasil é o terceiro país com maior número de pacientes identificados, depois dos Estados Unidos e de Israel.
Nas células do corpo humano, a função da enzima é degradar e reciclar resíduos de gordura que se encontram dentro do lisossomo. Os lisossomos funcionam como as usinas de reciclagem das células. Todos os humanos têm no DNA a instrução para que essa enzima seja produzida. Mas um pequeno erro genético, conhecido como mutação, pode impedir a produção da enzima ou fazer com que ela seja produzida de forma diferente e, por consequência, com diminuição ou ausência de sua atividade.
A enfermidade é hereditária. Para alguém desenvolver a doença de Gaucher é necessário que tanto o pai quanto a mãe sejam portadores da mutação no DNA e a transmitam para a criança. Mesmo assim, pode ser que a criança também se torne apenas mais um portador da mutação. Nesses casos, em que os pais são portadores da mutação, a possibilidade de algum filho (ou filha) desenvolver a doença de Gaucher é 25%.
Atualmente, há quase 700 pacientes em tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS), com todos os medicamentos disponíveis, porém estima-se um número maior de pessoas ainda sem diagnóstico e, por isso, sem tratamento. Desde 2014, o SUS oferece, gratuitamente, o biofármaco alfataliglicerase, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Esse medicamento é indicado para a terapia de reposição enzimática contínua em pacientes adultos portadores de doença de Gaucher Tipo I. 

Fonte: Portal Brasil: http://www.brasil.gov.br/saude/2016/

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Faculdade de Nutrição cria tecnologia inovadora para armazenar leite humano


O leite materno é um alimento essencial para os recém-nascidos. É importante tanto para a sua sobrevivência quanto para a qualidade de vida. Rico em nutrientes, ajuda na prevenção da enterocolite necrotizante, doença que causa lesões e inflamações na superfície interna do intestino, e de infecções em geral. Considerando isso, a Faculdade de Nutrição da UFF desenvolveu embalagens de polietileno para o armazenamento desse leite, visando ajudar os bebês que nascem com menos de oito meses de gestação e ainda não possuem a capacidade de sugar, deglutir e respirar coordenadamente.
A adoção dessas embalagens, livre de plastificantes e Bisfenol-A (substância química que pode causar malefícios para a saúde, como mudanças de comportamento e alteração no crescimento infantil), traz uma nova tecnologia, que otimizará a rotina dos Bancos de Leite Humano - BLH. Antes, a única opção para o armazenamento era usar recipientes de vidro com tampas de plástico, cada vez mais difíceis de serem encontrados. Essa restrição limitava as doações e impossibilitava também seu empréstimo às nutrizes – mulheres doadoras de leite.
A coordenadora do projeto e diretora da Faculdade de Nutrição da UFF, Alexandra Anastacio Monteiro, explica como a pesquisa teve início: “A proposta foi avaliar uma nova metodologia de armazenamento segura que não alterasse as características nutricionais do leite. Assim, iniciaram-se os testes para verificar a viabilidade do uso destas embalagens plásticas em bancos de leite humano”.
A idealização dos novos frascos começou em 2012, com pesquisas no Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, em Madureira, município do Rio de Janeiro. Lá foram coletadas 55 amostras de leite humano, no período de agosto de 2013 a dezembro de 2014, para teste das embalagens a partir das condições higiênico-sanitárias adequadas. Foram avaliados os níveis de acidez, valor energético, gordura, lactose e proteínas presente no leite que acabou de ser ordenhado e no pasteurizado – congelado por um período de 15 dias e descongelado para servir de alimento aos recém-nascidos.
As pesquisas mostraram que os frascos, estéreis e transparentes, proporcionam vedação perfeita para que a integridade do leite seja mantida após o período de descongelamento. As embalagens seguem a norma da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº. 171 da Anvisa, que determina que elas devem ser constituídas de material inerte (que não sofra reação química quando em contato com outros materiais) e inócuo (que não cause danos nem benefícios a outras substâncias), em temperaturas na faixa de -25°C a 128°C, e com valor biológico preservado.
O Banco de Leite Humano, além de receber e armazenar as doações de nutrizes saudáveis, também orienta e presta assistência às mulheres quanto ao aleitamento materno. No local, são realizadas as atividades de pasteurização, controle de qualidade e distribuição do leite doado para recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatais. 
O abastecimento do Banco é feito a partir de doações internas e externas do BLH. As nutrizes doadoras são mulheres que apresentam produção e secreção lácteas superiores às demandas de seu filho e disponibilizam, por livre e espontânea vontade, o excedente. Também podem ser doadoras as mulheres impedidas de amamentar por motivos associados à saúde do recém-nascido e as mães cujos bebês estão internados em unidades hospitalares e que ordenham o próprio leite, para manter a produção ou para alimentar exclusivamente o próprio filho.
As perspectivas do projeto para o futuro estão no desenvolvimento e na diversificação dos frascos, como explica à coordenadora. “Mayara Silmas, nossa doutoranda na FIOCRUZ, está elaborando o projeto de teste de outras embalagens plásticas, de modelos diferentes, para o armazenamento. O intuito é o aperfeiçoamento destes frascos, para que possam inclusive ser aquecidos, mantendo as características e nutrientes inicialmente presentes no leite humano”.
Para contribuir, as interessadas na doação de leite devem acessar o site da Rede Brasileira de Bancos de Leite. Nele estão os endereços e telefones dos bancos presentes no país e as informações detalhadas de como fazer para acessá-los. “Ao chegar nos BLHs elas são entrevistadas e têm seus exames de saúde avaliados para verificar sua aptidão para a doação”, esclarece a coordenadora Alexandra Anastácio.
Durante a pesquisa, as análises realizadas para se chegar ao produto final contaram com parcerias do Banco de Leite do Hospital Antônio Pedro (Huap), Instituto Nacional de Saúde da Mulher e da Criança Fernandes Figueira, Instituto Nacional de Saúde de Controle de Qualidade em Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do RJ.
O projeto tem a participação dos alunos de Nutrição da UFF Ana Paula de Souza Rocha, Samily Viégas e Bruna Rafaela Acioli Lins, da doutoranda da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Mayara de Silmas Mesquita, além do pesquisador Antonio Eugenio Castro Cardoso de Almeida. O projeto de Inovação Tecnológica em Bancos de Leite Humano conta com o financiamento da universidade através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ.

Fonte: UFF Notícias: http://www.uff.br/

terça-feira, 11 de outubro de 2016

II Semana Científica do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas da UFF

Inscrições:

Enviar a ficha de inscrição preenchida para o e-mail ppgmpa@vm.uff.br, com o título: "Inscrição na II Semana Científica". As inscrições para o evento serão aceitas até 17 de outubro de 2016. Será oferecido certificado aos participantes presentes que tenham se inscrito previamente.

Clique nas imagens para ampliar


Fonte: Blog PPGMPA

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Manual de diagnóstico e tratamento da doença de von Willebrand

A doença de von Willebrand é, das doenças hemorrágicas hereditárias, a mais prevalente, chegando até a um caso para cada 100 habitantes. Não obstante, ainda é bastante sub-diagnosticada em nosso meio, devido a vários fatores, tais como: desconhecimento da doença e das suas apresentações clínicas pelos profissionais de saúde, indisponibilidade de testes laboratoriais diagnósticos e dificuldades técnicas para a realização destes testes. 

Para os interessados no tema, o manual produzido pelo Ministério da Saúde apresenta um estudo sobre a doença abrangendo questões como a influência de características genéticas e ambientais, prevalência, diagnóstico clínico e laboratorial, classificação da doença e tratamento. 

O manual pode ser acessado gratuitamente para download aqui.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON NEUROSCIENCE


Movidos pela iniciativa de globalização da pesquisa e atendendo a anseios legítimos de internacionalização, o Hospital Israelita Albert Einstein, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e o Weizmann Institute of Science de Israel organizam em conjunto o ​Simpósio de Neurociências: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON NEUROSCIENCE. O objetivo é reunir pesquisadores básicos e clínicos para discutir os últimos avanços científicos e tecnológicos na área de neurociências e abordar como a troca de experiência tem sido aplicada para respostas às questões de impacto na área.
Este evento oferece a oportunidade de aprofundar interações já vigentes e promover e entender a geração de conhecimento a partir de integração entre áreas básicas e clínicas destas instituições, que estarão representadas por chefes de laboratórios e estudantes, com os quais os participantes poderão interagir.
O primeiro dia do evento será realizado no Hospital Israelita Albert Einstein e o segundo dia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além das apresentações dos pesquisadores, haverá tempo dedicado para discussão de propostas de colaborações científicas.
Como resultado, as instituições esperam que os contatos nestes dois dias promovam a criação de vínculos que resultem em colaborações duradouras, parcerias e, principalmente, realização de projetos comuns em neurociências.
As palestras serão ministradas em inglês. Não haverá tradução simultânea.​
PÚBLICO-ALVO: Médicos (Clínica médica, Medicina Intensiva, Neurologia, Neurocirurgia), Pesquisadores e Estudantes.
INSCRIÇÕES
Inscrições até 17 de outubro de 2016.



terça-feira, 27 de setembro de 2016

Nasce 1º bebê por nova técnica de fertilização com 'três pais'


Cientistas anunciaram o nascimento do primeiro bebê no mundo com uma nova técnica de fertilização in vitro com "três pais", segundo a revista "New Scientist". O bebê Abrahim Hasan tem 5 meses e nasceu no México sob os cuidados da equipe do New Hope Fertility Center, de Nova York, ainda de acordo com a publicação.A fertilização in vitro que usa DNA de três pessoas -- do pai, da mãe e de uma doadora de óvulo -- foi aprovada somente no Reino Unido até o momento. No caso de Abrahim, cujos pais são da Jordânia, o local escolhido para o nascimento foi o México porque, segundo o médico John Zhang, líder da equipe que realizou o procedimento, o país "não tem regras" a respeito desse tipo de técnica.
Essa técnica de fertilização é usada para prevenir prevenir as chamadas doenças mitocondriais, provocadas por defeitos genéticos transmitidos pela mãe. Ela consiste em utilizar o espermatozoide do pai, o óvulo da mãe e a mitocôndria de uma doadora. Por isso a criança é concebida com o DNA de três pessoas.
No caso de Abrahim, a técnica utilizada foi ligeiramente diferente daquela que é aprovada no Reino Unido. Isso porque a técnica britânica envolve o descarte de dois embriões, o que não foi aceito pelos pais, Ibtisam Shaban and Mahmoud Hassan, que são muçulmanos.
O feito, que será apresentado em outubro no Congresso Científico da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, foi recebido com entusiasmo pela comunidade científica, segundo a "New Scientist".
Como é a fertilização com 'três pais'? A tecnologia consiste em extrair do óvulo da mãe a mitocôndria, ou seja, o gerador de energia da célula que é defeituoso, para substituí-lo por uma mitocôndria saudável de outra mulher. Depois de ter sido fecundado pelo esperma do pai no laboratório, o óvulo é implantado na mãe, e a gravidez pode, então, desenvolver-se normalmente.
As doenças da mitocôndria impedem que os nutrientes dos alimentos sejam transformados em energia e, com frequência, resultam de defeitos genéticos causados por mutações no DNA mitocondrial herdado da mãe.

Fonte: G1. Globo.com:  http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/09/nasce-1-bebe-por-nova-tecnica-de-fertilizacao-com-tres-pais-diz-revista.html

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Cientistas descobrem o segredo do animal mais resistente do mundo

Pesquisadores descobriram o segredo genético do animal mais resistente do mundo, uma estranha e microscópica criatura que se assemelha a um urso aquático e é chamada de tardígrado. Um gene específico os ajuda a sobreviver a situações de ebulição, congelamento e radiação. No futuro, acreditam cientistas, ele poderia ser usado para proteger as células humanas. 

Já se sabia que tardígrados eram capazes de sobreviver a condições extremas, "murchando" a ponto de se tornarem bolinhas desidratadas. 

Agora, o time que comandou a pesquisa, na Universidade de Tóquio, identificou uma proteína que protege o seu DNA - "embrulhando-o" como se fosse uma espécie de cobertor.

Os cientistas, que publicaram suas descobertas na revista científica "Nature Communications", depois desenvolveram em laboratório células humanas que produziram a mesma proteína, e descobriram que ela também protegia as células, em especial de radiação.

A partir dessa descoberta, cientistas sugerem que os genes desses seres capazes de resistir a condições extremas poderiam, um dia, proteger seres vivos de raios-X ou de raios nocivos do sol.

"Estes resultados indicam a relevância das proteínas únicas do tardígrado que podem ser uma fonte abundante de novos genes e de mecanismos de proteção", diz o estudo.

Antes do estudo, acreditava-se que os tardígrados, também conhecidos como "ursos-d'água", sobreviviam a radiação por conseguirem recuperar danos causados ​​ao seu DNA.

Mas o professor Takekazu Kunieda, da Universidade de Tóquio, e seus colegas passaram oito anos estudando o genoma da microcriatura até identificar a fonte de sua notável capacidade de resistência.

Eles descobriram uma e a batizaram de "DSUP" (abreviação em inglês de "supressora de danos").

Em seguida, a equipe inseriu a DSUP no DNA de células humanas e expôs essas células modificadas a raios-X. Elas sofreram menos danos que as células não tratadas.

O professor Mark Blaxter, da Universidade de Edimburgo, classificou o estudo como "inovador". "Esta é a primeira vez que uma proteína individual, identificada a partir do tardígrado, se mostra ativa na protecção contra radiações", observa. "Radiação é uma das coisas que certamente pode nos matar".



Cientistas estudaram o genoma da espécie Ramazzottius varieornatus para identificar a "arma secreta" que explica como os tardígrados são capazes de sobreviver a todo tipo de condições extremas (Foto: S Tanaka/H Sagara/T Kunieda)

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Arqueólogos encontram esqueleto humano de 2 mil anos em naufrágio


Arqueólogos descobriram um esqueleto humano de 2 mil anos no mesmo naufrágio no Mediterrâneo de onde saiu a peça mais sofisticada de tecnologia que sobreviveu à Antiguidade - um mecanismo de relógio -, de acordo com um artigo publicado na segunda-feira (19) na revista científica "Nature".

Se for possível obter o DNA a partir dos restos, encontrados em 31 de agosto perto da costa da ilha grega de Antikythera, este poderá revelar pistas sobre a identidade do esqueleto, segundo o artigo.

Os ossos surpreendentemente bem preservados - incluindo um crânio parcial, dois ossos do braço, várias costelas e dois fêmures - também poderão revelar segredos sobre o famoso navio mercante do século I a.C., que provavelmente naufragou durante uma tempestade.

O governo grego ainda tem que dar permissão para que seja feito o teste de DNA.

O esqueleto é um achado raro. Os corpos das vítimas de naufrágios são normalmente arrastados pelas águas ou comidos pelos peixes, e raramente permanecem conservados por décadas, muito menos séculos.

"Nós não sabemos de nada parecido com isso", disse à "Nature" Brendan Foley, arqueólogo subaquático na Instituição Oceanográfica Woodshole, em Massachusetts, e codiretor da escavação.

Um primeiro olhar sugere que os restos mortais são de um homem jovem, de acordo com Hannes Schroeder, especialista em análise de DNA antigo do Museu de História Natural da Dinamarca.


Leia mais: G1 Globo: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/09/arqueologos-encontram-esqueleto-humano-de-2-mil-anos-em-naufragio.html

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Cientistas criam laser de sangue para "caçar" tumores

Cientistas da Universidade de Michigan, nos EUA, podem ter criado uma nova arma contra o câncer. Eles desenvolveram um laser a partir de sangue humano que pode ajudar os médicos a encontrarem tumores no corpo.
Apesar de parecer coisa de filme de ficção científica, lasers não precisam de uma tecnologia complexa para serem feitos. Na verdade, é preciso apenas uma fonte inicial de luz, um material para amplificá-la e uma cavidade reflexiva.
A amplificação pode ser feita a partir de quase qualquer material. Em 1970, por exemplo, os cientistas Theodor Hänsch e Arthur Schawlow utilizaram doze sabores de gelatina diferentes para criar um laser. Recentemente, um grupo de investigadores usou uma célula renal viva para amplificar a luz. No experimento de Michigan, os pesquisadores usaram um corante chamado ICG e o misturaram com sangue humano. A justificativa para o uso desse corante é que ele é fluorescente à luz do infravermelho e já é utilizado amplamente pelos médicos.
Xudong Fan, um dos autores da pesquisa, disse em entrevista ao site New Scientist que o ICG não emite luz sozinho. Porém, misturado com sangue, ele se conecta a proteínas no plasma e se torna capaz de amplificar a luz.
Segundo Fan, o ICG se acumula nos vasos sanguíneos, por isso, áreas do corpo com um grande número de vasos (como tumores) devem brilhar ao entrar em contato com o laser. Na prática, os médicos poderiam injetar uma pequena quantidade do corante na corrente sanguínea do paciente e mirar o laser sobre a pele. Em seguida, ele verificaria o brilho com o uso de uma câmera infravermelha. O laser ainda não foi testado em tecidos de animais vivos, pois os cientistas não encontraram o material apropriado para a cavidade reflexiva. Fan, contudo, acredita que nanopartículas de ouro poderão fazer esse papel. Além disso, ele disse ao New Scientist que os pesquisadores ainda precisam garantir que a luz produzida pelo laser não seja forte demais. Neste caso, haveria o risco de queimar tecidos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Inscrições abertas para Curso de Extensão de Biossegurança

Em mais uma parceria PROEX, PROPPI e FIOCRUZ, a Escola de Extensão comunica que será realizado, no período de 29 de agosto a 02 de setembro, o II Curso de Extensão Básico de Biossegurança, no Instituto Biomédico da UFF. Coordenado pelo Prof. Ronald Marques dos Santos, do Departamento de Biomedicina, as aulas serão ministradas pela Profa. Maria Eveline de Castro Pereira, do Instituto Oswaldo Cruz / FIOCRUZ. Essa ação está vinculada ao Programa de Extensão “Sensibilização e Capacitação em Biossegurança da UFF”, coordenado pelo Prof. Saulo Cabral Bourguignon.


Horário: 08:00 às 12:00

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ranking da Nature tem Unesp em primeiro na América do Sul

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) é a primeira instituição de pesquisa nas Américas do Sul e Central e a 81ª no mundo no Nature Index 2016 Rising Stars. 
O ranking lista as “estrelas ascendentes” da pesquisa mundial com base no Nature Index, que acompanha a produção científica feita em mais de 8 mil instituições.
Segundo a Nature, o índice Rising Stars reúne organizações que “ainda não estão no topo de seus campos, mas que claramente têm o potencial de brilhar mais forte do que as demais”.
“Essas instituições e seus países têm melhorado suas performances frequentemente sem a longevidade, a reputação e os recursos de muitas instituições bem estabelecidas que lideram os rankings acadêmicos, como as universidades Harvard e de Cambrige”, destacam.
As instituições que integram o índice tiveram notável aumento em sua contribuição para importantes revistas científicas, conforme o indicador WFC (de “weighted fractional count” – “contagem fracional ponderada”).
A Unesp teve um crescimento no WFC de 109,87% entre 2012 e 2015. O Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), da Argentina, que vem em segundo no ranking para as Américas do Sul e Central, teve um aumento de 23,92%. A Universidade Nacional Autónoma do México está em 3º, seguida pela Universidade de São Paulo. A FAPESP ocupa a 16ª posição.
A China domina o Nature Index mundial, com nove das dez primeiras posições. A Academia de Ciências da China está em primeiro, seguida pela Universidade de Pequim e pela Universidade de Nanjing.
A Unesp está presente em 24 cidades do Estado de São Paulo com 34 faculdades e institutos, onde são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão em todas as áreas do conhecimento. Fundada em 1976, a instituição oferece 155 cursos de graduação e 146 programas de pós-graduação. Tem 51.311 alunos (37.770 na graduação e 13.541 na pós stricto sensu), 3.826 professores e 6.782 servidores técnico-administrativos.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Colóquio de Análise de Redes Aplicadas abre inscrições para submissão de trabalhos



















A análise de redes, sejam elas biológicas, interpessoais, organizacionais ou científicas, permeia diversas áreas do conhecimento e oferece novas ferramentas para uma ampla gama de campos de pesquisa, incluindo biologia, economia, matemática, física, ciências sociais etc.

O II Colóquio de Análise de Redes Aplicada (CARA 2016) tem como propósito discutir avanços na aplicação da análise de redes em diversas áreas do conhecimento e promover a incorporação de novos recursos e conhecimentos à comunidade científica, difundindo o uso da análise de redes como elemento estratégico para a interpretação e compreensão de diferentes processos de interação.

O CARA possui caráter multidisciplinar e contará com a participação de especialistas das áreas da saúde, ciência da informação, física, gestão, prospecção tecnológica, entre outras.

Data do evento: 8 e 9 de novembro de 2016
Local: Fundação Oswaldo Cruz

Chamada para submissões de trabalhos

DATAS IMPORTANTES

Início da submissão de trabalhos: 18/07/2016
Término da submissão de trabalhos: 22/08/2016
Divulgação do aceite de trabalhos: 19/09/2016

As linhas e temas para submissão de trabalhos encontram-se descritas abaixo:

Redes Biológicas e Doenças Infecciosas: aplicação da análise de redes para a compreensão de fenômenos biológicos, interação entre sistemas, redes metabólicas, redes genéticas, estudo de transmissão de doenças e modelos epidemiológicos;

Redes Sociais: aplicação da análise de redes nas diferentes formas de interação humana, incluindo movimentos sociais, redes virtuais, redes de amizade ou de apoio, redes criminais, análise de redes em estudos históricos etc;

Redes de Colaboração na Ciência e Tecnologia: aplicação da análise de redes em estudos sobre a colaboração e disseminação de informações na ciência e tecnologia, incluindo pesquisa e desenvolvimento tecnológico, políticas públicas etc;

Análise de Redes para Apoio à Gestão: aplicação da análise de redes como ferramenta de apoio à gestão, avaliação de pesquisa, planejamento e formulação de políticas e processos tomada de decisão, incluindo inteligência competitiva, gestão da informação e gestão do conhecimento.

Informações sobre inscrições, palestrantes, programação, etc acesso o site oficial do evento.

Fonte: CARA 2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

Indústria nacional desenvolve genérico de medicamento para prevenção do HIV

O Brasil pode ter o primeiro genérico do medicamento norte-americano Truvada, que previne contaminação pelo vírus HIV, causador da aids, e que atualmente é importado pelos brasileiros a um custo elevado. O Ministério da Saúde também importa componentes do Truvada para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.

O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver, integrante do grupo de indústrias farmacêuticas que firmaram Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com o Ministério da Saúde. Segundo as PDPs, a indústria desenvolve a tecnologia de medicamentos e tem prazo de cinco anos para transferir essa tecnologia para a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). No fim desses cinco anos, a Fiocruz domina o processo e passa a fornecer diretamente para o ministério.

Formulação

A Blanver entrará com o pedido de registro do genérico do Truvada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias, informou hoje (5) o presidente-executivo (CEO) da empresa, Sérgio Frangioni. No momento, o dossiê sobre o genérico está sendo finalizado.

O remédio é composto por dois princípios ativos (Entricitabina e Tenofovir). Quando tomado diariamente, ele reduz o risco de a pessoa contrair o vírus. Frangioni disse que já foram cumpridas todas as etapas do processo de desenvolvimento da droga, incluindo a formulação, iniciada em 2012, a estabilidade do produto e a fase de bioequivalência, quando o genérico é comparado com o produto de referência e tem sua eficácia comprovada.

Referência

Sérgio Frangioni afirmou que o medicamento referência (Truvada) foi desenvolvido por um laboratório norte-americano e usado inicialmente para compor esquemas antirretrovirais para tratamento de pessoas já infectadas. A partir de 2012, a Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo dos Estados Unidos para controle de medicamentos, entre outros produtos, liberou a fórmula para uso na prevenção da infecção.

A estratégia é indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a ser estudada pelo Ministério da Saúde brasileiro como uma alternativa a mais para diminuir o número de novos casos.

Frangioni adiantou que o Truvada não tem disponibilidade no mercado nacional e, por isso, é importado atualmente. Esclareceu que a prevenção “é para indivíduo que não foi exposto”. Já o Ministério da Saúde fornece o antirretroviral Tenofovir para pessoas com o vírus. “Hoje, o ministério fornece os medicamentos para tratamento, não para prevenção pré-exposição. Ele só fornece para prevenção pós-exposição”.

Na Europa e Estados Unidos o Truvada custa 400 euros, podendo chegar a US$ 1 mil. A fabricação do genérico no Brasil, com o registro da Anvisa, pode reduzir esse valor para um custo mensal de US$ 100 ou cerca de R$ 350 mensais.

Grupo de risco

Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registra em média 40 mil novos casos da doença por ano. As principais incidências estão entre homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas injetáveis. “Esse grupo de risco está muito mais exposto à atuação do vírus”, comentou Frangioni. Com o genérico do Truvada, a ideia da Blanver é focar nessas pessoas que compõem o grupo de risco, além de profissionais do sexo, para evitar o crescimento do número de indivíduos que precisarão de tratamento pelo resto da vida.

“É melhor você prevenir pontualmente do que contrair o vírus e ter de tomar remédio pelo resto da vida. Isso se demonstrou bastante eficaz porque, infelizmente, hoje tem muita gente que não faz sexo seguro e imagina que o tratamento resolverá. A pessoa prefere o risco de pegar a doença, sabendo que tem um tratamento, mas não sabe as consequências no longo prazo. A ideia é dar essa ferramenta a mais para os desavisados se conscientizarem”, acrescentou Frangioni.

Prevenção

Parte do medicamento genérico deverá ser distribuída pelo SUS e parte será destinada a pacientes fora do SUS. “Se você conseguir reduzir o número de casos novos, o governo contribuir para isso e a população privada ter acesso ao medicamento, seria uma ação positiva conjunta”, afirmou o executivo da indústria farmacêutica. Sua expectativa é que a Anvisa defina o registro ao genérico em menos de um ano.

O novo medicamento não pretende substituir os métodos de prevenção já estabelecidos, mas se somar aos métodos existentes, como a camisinha masculina e feminina e os testes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que ainda não há pedido de incorporação do medicamento genérico do Truvada no órgão. A Anvisa disse que aguarda a entrada do pedido de autorização da indústria farmacêutica para avaliação.

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Instituto Butantan fecha parceria para vacina contra zika

A expectativa é que a vacina esteja disponível para os primeiros testes em humanos já no primeiro semestre de 2017

O Instituto Butantan fechou na sexta-feira uma parceria com autoridades de saúde dos Estados Unidos para o desenvolvimento de uma vacina de zika. O acordo prevê investimentos de mais de R$ 10 milhões para pesquisas contra a doença, além de cooperação técnica entre os especialistas em vacinas da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada dos Estados Unidos (Barda, na sigla em inglês) e os pesquisadores brasileiros. 

A instituição brasileira receberá 3 milhões de dólares (cerca de 10,5 milhões de reais) do Barda, órgão ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês), o equivalente ao Ministério da Saúde dos EUA, para pesquisas de uma vacina com vírus inativado, incapaz de transmitir a doença. Os recursos serão investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento de um imunizante contra a infecção. 

“O Butantan já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápidos e, por usar vírus não infectante, tem a aprovação pelos órgãos reguladores, como Anvisa, facilitada”, destaca o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil. 

Nos últimos meses, os pesquisadores do Instituto trabalharam no processo de cultura, rendimento, purificação e inativação do vírus em laboratório. Atualmente, a instituição  está na fase de imunização do vírus inativado em roedores. Os próximos passos envolvem testes de toxicidade do produto em animais e análise de uma área industrial para a produção do imunobiológico. A expectativa é que a vacina esteja disponível para os primeiros testes em humanos já no primeiro semestre de 2017.

“O investimento reconhece a excelência do Instituto Butantan na pesquisa e produção de novos imunobiológicos. A parceria permitirá que a instituição prossiga na produção de uma vacina contra o zika vírus, contribuindo para o avanço das pesquisas científicas no país”, afirma Kalil.

O repasse financeiro se dará por meio de acordo entre a Barda e a Organização Mundial de Saúde (OMS) para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil. Além dos recursos provenientes do órgão americano, a OMS destinará doações de outros países e organizações privadas para expandir a capacidade de produção de vacinas do Instituto Butantan.

Fonte: Veja

quarta-feira, 22 de junho de 2016

SUA SUSPENSÃO POR AGASALHOS: Campanha solidária no Sistema de Bibliotecas da UFF:

Suspensões aplicadas até o dia 27/06/2016 nas Bibliotecas da UFF poderão ser abonadas com agasalhos e cobertores. As doações serão recebidas até o dia 25 de julho.

Usuários das Bibliotecas da UFF poderão participar da campanha de coleta de agasalhos e cobertores e ter suspensão abonada. 

Veja como participar!

A não devolução de um livro na biblioteca no prazo combinado impacta diretamente a comunidade acadêmica, que não encontra a informação disponível quando mais precisa.  Na Universidade Federal Fluminense estes atrasos são revertidos em suspensão temporária do serviço de empréstimo, uma vez que não há cobrança ou multa financeira.

A Superintendência de Documentação (SDC), órgão coordenador do Sistema de Bibliotecas e Arquivos da UFF, incentiva aos usuários que estejam cumprindo suspensão por atraso, que estas sejam quitadas através de doações de itens como cobertores, mantas, poncho entre outros tipos de agasalho.

Para participar o usuário deve comparecer à biblioteca específica que gerou a suspensão e fazer a doação das peças que podem ser usadas, porém devem estar limpas e em bom estado de conservação.  A campanha é TEMPORÁRIA, mas vale também para quem está em dia com as bibliotecas e não recebeu nenhuma suspensão, pois representa uma oportunidade para colocar a solidariedade em dia.

Os itens arrecadados serão entregues ao Hospital Estadual Tavares de Macedo (antigo Leprosário), localizado na  Rodovia Amaral Peixoto Km 34 Venda das Pedras ? Itaboraí/RJ Tel. (21) 3637.3845.  Para as Bibliotecas fora de Sede, os itens serão entregues às Instituições nos próprios municípios onde estão localizadas, tais como: Volta Redonda, Santo Antônio de Pádua, Macaé, Petrópolis, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes e Nova Friburgo, que também contam com a Biblioteca da UFF.

A campanha para arrecadação de agasalhos é uma das ações afirmativas realizadas pela Superintendência de Documentação da UFF.  No Natal de 2015 o Sistema de Bibliotecas e Arquivos da UFF arrecadou alimentos não perecíveis na sua festa de confraternização, os quais foram doados ao  LAR DA BETH Endereço: Rua Padre Pedro Martinodi, 02 - Largo da Batalha - Niterói - RJ.

Regulamento:

1. Válido para TODAS as suspensões aplicadas anteriormente no Sistema Pergamum UFF e até o dia 27/06/2016.

2. O abono não será válido para livros de faixa vermelha (exemplares únicos) e livros de reserva.

Desde já agradecemos a sua participação.

"Façamos o bem sem olhar a quem".

Fonte: UFF

terça-feira, 14 de junho de 2016

14 de Junho - Dia Mundial do Doador de Sangue

Foto: ShutterStock
Foi instituído no ano de 2004 pela Organização Mundial de Saúde, o dia 14 de junho como Dia Mundial do Doador de Sangue. O objetivo da data é homenagear e agradecer a todos aqueles que separem um tempo de seus dias para doar sangue e a salvar vidas com esse gesto.

No mesmo dia também se comemora o aniversário de Karl Landsteiner, que foi agraciado com o prêmio Nobel em 1930 pela classificação dos grupos sanguíneos, o sistema ABO, além de descobrir o fator RH.

Para doar

"A Hemorio (Rua Frei Caneca, nº 8, Centro) funciona todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, das 7h às 18h. Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais (o modelo da autorização pode ser obtido no site do Hemorio). Não é necessário estar em jejum, apenas deve-se evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação. Para mais informações, o voluntário pode ligar para o Disque Sangue (0800 282 0708), que esclarece d
úvidas e informa o endereço das outras 25 unidades de coleta distribuídas pelo estado".

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Pergamum-UFF: E-mails automáticos não enviados

O Sistema de envio de e-mails automáticos aos usuários das bibliotecas da UFF, através do Sistema Pergamum, está temporariamente sem funcionar. Assim, as mensagens sobre as reservas, atrasos na devolução e outras não estão sendo enviadas.

Portanto, solicitamos atenção nas datas dos serviços, especialmente da reserva online.

Obs.: A biblioteca não se responsabiliza pelas perdas de prazos devido aos problemas com os e-mails do Pergamum.

Agradecemos à compreensão
Cordialmente, A Equipe

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF inicia pesquisa de vacinação em meninos contra o HPV

O HPV (vírus do papiloma humano) tem sido apresentado para a população geral como causador do câncer de colo de útero, a doença mais prevalente após a contaminação e a que mais mata. Esse vírus é responsável por diversos tipos de câncer e verrugas genitais que afetam não só as mulheres como também os homens. No entanto, a conscientização e a vacinação são voltadas no geral apenas para o público feminino.

No Brasil, a vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 13 anos. Com base nesses dados, o Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis e o Laboratório de Virologia do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense vão iniciar nessa semana um projeto de pesquisa inédito no Brasil: a vacinação em meninos contra o HPV.

Professor Mauro Romero Leal Passos e vacinas
contra o HPV

Foto: Letícia Felippe
A pesquisa será feita em pacientes do sexo masculino que residam na comunidade Morro do Estado, em Niterói, com idades entre 11 e 17 anos. Esses garotos serão acompanhados ao longo de dois anos através da coleta de amostras clínicas da genitália e da boca por meio de raspagem e da vacinação feita em duas doses. O estudo foi recém-aprovado pelo Comitê de Ética e fará parceria com a Associação de Moradores do local.

A vacina quadrivalente, que é a disponibilizada para a população e será aplicada nos voluntários, imuniza contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, sendo os dois primeiros causadores de verrugas genitais e papilomas respiratórios e os dois últimos responsáveis por lesões com potencial maligno (câncer). Algumas doenças mais graves também são causadas pelos tipos 6 e 11 como o câncer de pênis, por exemplo. O Brasil é um dos países com mais casos no mundo, cerca de mil pênis são amputados por ano só no SUS por conta da doença.

“A importância do estudo é fortalecer o trabalho de educação, saúde e prevenção além de sensibilizar a população e o Ministério da Saúde para que estendam a campanha de vacinação contra o HPV também para os meninos”, disse o professor Mauro Romero Leal Passos, especialista em doenças sexualmente transmissíveis da UFF.

Os jovens serão vacinados no primeiro dia e a segunda dose será aplicada após seis meses. Isso ocorrerá independente deles terem o vírus ou não, sendo monitorados através das quatro raspagens coletadas ao longo do projeto. No caso do diagnóstico laboratorial, serão usadas técnicas de biologia molecular que identificam o vírus. “Nosso objetivo é ver se a vacina está realmente evitando a infecção desses meninos. Mas serão necessários anos de pesquisa para identificarmos o impacto na redução da doença maligna, que demora muito a se manifestar”, contou a professora Silvia Maria Cavalcanti, professora do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF.

A imunização nos homens também é importante para as mulheres, já que o vírus é sexualmente transmissível. A proposta da pesquisa é vacinar e acompanhar cerca de 700 meninos dessa comunidade, um número sólido para o monitoramento. Com isso, há a possibilidade da “imunização rebanho”, que protegerá também parceiros sexuais desses garotos.

Evento de conscientização

No dia 13 de julho, no Windor Florida Hotel, localizado no bairro do Flamengo (Rio de Janeiro-RJ) haverá o evento “HPV in Rio”. É um projeto do Setor de DST da universidade em parceria com a Associação de DST do Rio de Janeiro que já ocorre há alguns anos. O objetivo é dar visibilidade ao tema para o público médico e a população em geral sobre as prevenções, diagnósticos e doenças causadas pelo vírus HPV. O foco nesse ano serão as patologias causadas além do câncer do colo de útero, dando importância à prevenção na população masculina.

Por Mariana Yagi
Fonte: UFF.
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