sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Campanha alerta para importância de doações de sangue durante todo o ano


Para reforçar a importância da doação de sangue, sensibilizar novos doadores e fidelizar os que já existem, o Ministério da Saúde promove a Semana Nacional do Doador de Sangue, antecipando a celebração do Dia Nacional do Doador de Sangue, 25 de novembro.
O objetivo é fazer com que mais brasileiros tenham a doação de sangue como um hábito, não apenas em datas específicas ou quando conhecem alguém que necessita de transfusão.
“Precisamos expandir essa compreensão e doar sangue de forma regular, voluntária e solidária. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, mas o sangue é insubstituível. Por isso, as doações são fundamentais o ano inteiro”, reforça o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde está apoiando a iniciativa desenvolvida pela Uber, em parceria com 40 hemocentros, de 25 cidades do País, para estimular a doação de sangue. Ações como essa ajudam os hemocentros na manutenção dos estoques estratégicos, o que pode salvar muitas vidas.
Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar o índice.
Não há substituto para o sangue, que pode ser utilizado para diversas finalidades, como tratamento de pessoas com doenças crônicas (talassemia e doença falciforme), alguns tipos de câncer, transplante, cirurgias eletivas de grande porte, acidentes ou outras situações que necessitam de transfusão.
Em 2015, cerca de um milhão de pessoas doaram sangue pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações. Já outras 1,6 milhão de pessoas, ou 62% do total, retornaram para doar. Durante o período, foram realizadas 3,7 milhões de coletas de bolsa de sangue no País, resultando em 3,3 milhões de transfusões.
Apesar disso, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Hemorrede Pública Nacional encontram-se com os estoques no limite, apresentando dificuldades na manutenção dos estoques estratégicos e necessitando de mais doadores. “Embora o sistema brasileiro seja uma referência internacional, é fundamental fazer a manutenção e a ampliação permanente das doações”, lembra a coordenadora-substituta de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rosana Nothen.
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis, e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. É preciso pesar, no mínimo, 50kg e estar em bom estado de saúde.
O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independentemente de parentesco. Atualmente, 32 hemocentros coordenam os 530 serviços de coleta distribuídos por todo o País. Em 2015, o Ministério da Saúde investiu R$ 617,2 milhões na rede de sangue. Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do SUS para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da hemorrede.
A Campanha Nacional de Doação de Sangue tem como slogan “Doar sangue é compartilhar vida”, trazendo uma mensagem de agradecimento aos atuais doadores. A ideia central da campanha é constituir uma cultura solidária de doação de sangue espontânea na população brasileira, independentemente das características individuais e de o doador conhecer ou não a pessoa que precisa de sangue.


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A Biomedicina está em alta no mercado de trabalho


O recente aparecimento e surto de novas doenças trouxeram ao cenário médico um novo profissional. A busca por novos métodos de diagnóstico fez crescer a procura por profissionais Biomédicos.
A profissão, por ser nova no cenário brasileiro, ainda sofre alguns preconceitos em relação a outras áreas, como por exemplo a Farmácia e a Medicina. Já podemos observar de perto a luta que o profissional Biomédico está enfrentando em alguma de suas áreas de atuação, como por exemplo na Citologia Oncológica. O profissional cada vez mais vem conquistando seu lugar.
Um dos campos mais valorizados hoje na área da saúde é o de inovação, e é nesse ponto de inovar que o Biomédico se encaixa. Ele procura por respostas, por tratamentos, por curas e principalmente por novas formas de fazer saúde. E é essa inovação que as empresas do ramo procuram e é por isso que a biomedicina cresce cada vez mais no Brasil.
A Biomedicina oferece ao profissional uma gama de opções e especializações. São mais de 35 áreas, dentre as quais se destacam Análises Clínicas, Estética, Reprodução Humana, Perícia Criminal, entre outras. 
A Biomedicina vem crescendo em todo o território brasileiro, um dos motivos para isso, além de um mercado de trabalho promissor para a área, são as universidades que já oferecem o curso para seus acadêmicos. Muitas destas universidades estão formando suas primeiras turmas de alunos devido a recente profissão.
Os recém-formados em Biomedicina costumam iniciar suas carreiras profissionais em laboratórios e hospitais, locais onde encontramos diversas funções e setores diferentes, o que ajudam os iniciantes a conhecerem e traçarem uma área para se especializar.

                                              Biomédico trabalhando em Laboratório

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

'Bactéria do bem' é a mais promissora pesquisa contra zika

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta quarta-feira (16) que a pesquisa que utiliza a bactéria Wolbachia, também chamada de “bactéria do bem”, é a “mais promissora” no combate ao vírus da zika.
“Combate ao Aedes é uma prioridade. Temos vários investimentos para o controle dessas endemias. A pesquisa mais promissora é a Wolbachia, (...), que quando infecta o mosquito Aedes Aegypti tira dele a capacidade de ser transmissor universal. (...) E temos a vacina da zika na Fiocruz e a vacina da zika na Evandro Chagas”, disse o ministro num evento sobre hospitais privados em São Paulo.
Os resultados da pesquisa que envolve a bactéria Wolbachia têm animado os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que começou os estudos no Rio de Janeiro e em Niterói. Se injetada em ovos do mosquito, a “bactéria do bem” pode neutralizar a transmissão das doenças causadas pelo Aedes.
O ministro também lembrou do início da campanha do governo contra o Aedes aegypti, no domingo (20), e o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito será no dia 25.
Todas as tsextas-feiras deverão ser "dia nacional de conscientização contra o Aedes", explicou.
De acordo com o ministério, a campanha deste ano deverá conscientizar sobre as consequências das diversas doenças causadas pelo mosquito. No último ano, com o aumento dos casos de dengue, a doença ficou em destaque. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Zika causa alterações tardias em 42% dos bebês nascidos normais

Quatro em cada dez crianças que foram expostas ao vírus da zika durante sua gestação e nasceram sem alterações perceptíveis registraram problemas neurológicos após seus primeiros meses de vida.
O dado é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Fernandes Figueiras da Fiocruz, que será publicada nas próximas semanas na revista New England Journal of Medicine.
O estudo acompanhou cerca de cem crianças que foram expostas ao vírus durante sua gestação mas não tinham apresentado microcefalia ou qualquer alteração neurológica em diversos exames de imagem no seu nascimento, explicou a pesquisadora Maria Elisabeth Moreira, durante simpósio internacional sobre o vírus.
Dessas crianças, 42% desenvolveram algum tipo de alteração neurológica entre os três e os seis meses de vida.
Hipertonia, hipersensibilidade e choro inconsolável são as características mais comuns desenvolvidas nesses bebês. "É importante agora que a gente qualifique melhor isso com testes psicométricos, que serão capazes de indicar o que podemos fazer com essas crianças. Se essa criança tem alteração motora, se essa criança está com atraso na linguagem..."
Em março, o grupo já tinha alertado que o vírus da zika causava danos ao feto em qualquer período da gestação, e não apenas nos primeiros três meses da gravidez. Naquele estudo, os pesquisadores apontaram que, na amostra estudada, de cada dez mulheres infectadas por zika, três tiveram bebês com defeitos congênitos.
A nova etapa da pesquisa mostra uma outra faceta das consequências do vírus da zika. As consequências tardias do vírus e a necessidade de acompanhar as crianças de todas as mães que foram infectadas por zika.
"Essa informação de que 42% das crianças consideradas nascidas normais pode ter alguma alteração neurológica é uma informação para realmente nos apavorar", comentou Enrique Vásquez, representante da OMS (Organização Mundial de Saúde) no Brasil.
Durante a reunião de pesquisadores do vírus da zika no Rio de Janeiro, médicos e cientistas mostraram preocupação com crianças que possam ter lesões ou alterações neurológicas e não estão sendo acompanhadas devidamente.
Entre os casos apresentados, está o de uma criança nascida com o crânio e mesmo o cérebro do tamanho esperado para sua idade, mas com importantes calcificações no tecido cerebral.
Perguntada se haveria risco de lesões neurológicas para crianças de até um ano que sejam infectadas pelo vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, Maria Elizabeth disse que essa é uma das questões que continuam sem resposta.
"Essa é uma informação que a literatura ainda não nos mostra. A chance de você fazer lesão em um órgão como o cérebro é maior durante o período intrauterino, mas não posso te dizer que não existe." Esse é um dos temas que deve ser estudado pela Fiocruz em parceria com o norte-americano NIH (Instituto Nacional de Saúde, em inglês).
A pediatra do IFF alerta para a necessidade de trabalhar desde cedo com o estímulo dessas crianças para minimizar os problemas e melhorar a qualidade de vida delas.
"Temos uma janela de oportunidade para fazer alguma coisa por essas crianças no primeiro ano de vida, que é quando o cérebro está crescendo", afirma Moreira. "Neste momento, uma área afetada pode ser substituída pelo crescimento de uma área normal por conta na neuroplasticidade."
Para ela, todas as crianças nascidas de gestantes que foram expostas ao vírus da zika ou tiveram sintomas de zika deveriam ser acompanhadas no primeiro ano de vida e receber estímulos para garantir seu desenvolvimento neurológico.
"Essas crianças que nasceram durante a epidemia de zika não são uma geração perdida. Nós temos algo para fazer por elas. Todas elas merecem ser acompanhadas e estimuladas para alcançar em sua plenitude as suas habilidades."
Elizabeth indica que o Ministério da Saúde mude seu protocolo para que inclua a necessidade de estímulo de todas essas crianças.
Só neste ano, o Ministério da Saúde registrou 16,5 mil casos prováveis de gestantes infectadas pelo vírus da zika. Desses, 9,5 mil foram confirmados laboratorialmente.


Fonte:  UOL Notícias: http://noticias.uol.com.br/saude/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O que é o Mayaro, vírus que pode estar se espalhando pelo continente e preocupa cientistas


Primeiro foi o Chikunguya e, depois, o Zika. Agora, cientistas e epidemiologistas começam a se preocupar com outro vírus: o Mayaro.
Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, anunciaram ter encontrado no Haiti um caso inédito de mayaro, doença caracterizada por uma febre hemorrágica similiar à da chikungunya.
Ainda que o vírus não seja totalmente desconhecido - foi detectado nos anos 1950 -, até agora só haviam sido registrados pequenos surtos esporádicos na região amazônica e seus arredores.
Especialistas alertam que este caso pode ser um indício de que o vírus está se espalhando e já começa a circular pela região do Caribe.
"Os sintomas são muito similares aos da chikungunya. Por isso, quando o paciente vai ao médico, pensam se tratar dessa doença e não sabem que é mayaro", disse John Lednicky, que liderou a equipe da universidade americana responsável pelo estudo.
Lednicky explicou não haver nenhum sintoma que distingua a chikungunya da febre mayaro. Ambas provocam febre, erupções na pele e dores nas articulações.
Em ambos os casos, os efeitos são mais prolongados do que em paciente com dengue e zika, chegando a durar de seis meses a um ano.
"O que está acontecendo é que estamos nos deparando com pacientes que se queixam de erupções na pele e dores musculares prolongadas, mas os exames dão negativo para Zika e Chikungunya. Então, o que afinal eles têm?", disse Lednicky.
O preocupante é que o vírus detectado no Haiti é geneticamente diferente dos que haviam sido descritos previamente, esclareceu o especialista.
"Não sabemos se é um vírus novo ou uma nova cepa de diferentes tipos de Mayaro."
O vírus foi descoberto em 1954 em Trinidad e Tobago, mas até agora só se sabia de surtos isolados na selva amazônica e em outras partes da América do Sul, como Brasil e Venezuela.
O caso encontrado pela Universidade da Flórida foi identificado a partir de uma amostra de sangue de um menino de 8 anos de uma zona rural do Haiti. Ele tinha febre e dores abdominais, mas não apresentava erupções nem conjuntivite, sintomas normalmente associados à chikungunya.
Pesquisadores da universidade colheram uma série de amostras durante e depois do surto de chikungunya no Haiti.
Após a análise virológica e molecular para detectar os vírus da dengue e da zika, foi confirmada a presença da dengue no paciente alvo do estudo, mas também de um novo vírus, identificado depois como o Mayaro, disse Lednicky.
Enquanto a atenção do mundo estava voltada para o Zika, "a descoberta deste outro vírus é uma grande fonte de preocupação", disse Glenn Moris, diretor do Instituto de Enfermidades Patógenas Emergentes da Universidade da Flórida.
Pesquisadores estão preocupados com uma possível disseminação do Mayaro após o furacão Matthew.
Lednicky explicou que é "difícil avaliar o quão grave é o surto de mayaro neste momento", já que existem poucos estudos sobre o vírus.
"No Brasil, há dois tipos genéticos diferentes, e não sabemos qual é o mais virulento. Faltam mais estudos e monitoramento das áreas afetadas."
Um problema é a falta de recursos para fazer essas pesquisas, segundo médico americano.
"Na Universidade da Flórida, estamos buscando fundos, mas é difícil obtê-los para esse tipo de estudo nos Estados Unidos. E no Haiti, os poucos recursos que eles têm são necessários para cobrir as necessidades mais básicas dos pacientes."
Lednicky acrescentou não saber o que vai acontecer no Haiti após a passagem pelo país do furacão Matthew, que poderia ter levado os mosquitos transmissores da doença até a República Dominicana e outras. 
Muitos pacientes no Caribe e na América do Sul podem estar sendo diagnosticados erroneamente com chikungunya. A semelhança com o vírus da chikungunya também preocupa os cientistas.
Em um artigo publicado na revista Scientific American, Marta Zaraska, jornalista especializada em ciência, destaca que isso poderia explicar por que o Mayaro pode se tornar um problema generalizado.
"Ambos os vírus eram originalmente transmitidos por mosquitos da selva, infectando pessoas na região amazônica, mas o Chikungunya tem se adaptado e hoje é transmitido por mosquitos urbanos, como o Aedes albopictus e o Aedes aegypti", que também transmitem a febre amarela, a dengue e a zika.
Segundo Zaraska, "o mesmo pode estar ocorrendo no caso do Mayaro".
Em exames de laboratório, foi provado que o Aedes albopictus e o Aedes aegypti podem ser vetores da febre mayaro - e o fato do vírus ter sido detectado no Haiti sugere que ele também está se adaptando ao ambiente urbano.

Fonte: G1. Globo.com: http://g1.globo.com/bemestar/


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