quinta-feira, 29 de maio de 2014

Novo tratamento para hepatite C curou 96% dos pacientes

Um novo medicamento para a hepatite C pode curar mais de 90% dos pacientes infectados com o vírus.


A enorme descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade do Texas (EUA), que testaram um remédio oral em 380 pacientes na Espanha, Alemanha, Inglaterra e nos EUA no ano passado.


Dois estudos foram realizados, um de 12 semanas e um de 24 semanas. Após 12 semanas, 191 de 208 pacientes já não tinham mais hepatite C, e este número aumentou para 165 de 172 pacientes, ou 96%, depois de 24 semanas.

Todos os pacientes tinham hepatite C com genótipo 1, que é o tipo mais difícil de tratar, além de cirrose hepática, o que indica que o vírus estava avançado.

A droga funciona alvejando a proteína que faz com que a hepatite C pare de se replicar. “Eventualmente, o vírus se extingue”, disse o pesquisador Dr. Fred Poordad.


Os únicos efeitos colaterais foram fadiga, dores de cabeça e náuseas.

Grande avanço

A hepatite C é um vírus que pode infectar e causar danos ao fígado. Transmitido pelo sangue ou por fluidos corporais de uma pessoa infectada, é comumente transferido através de agulhas de tatuagem ou entre pessoas que usam drogas compartilhando agulhas.


De 1999 a 2010, foram notificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil, incluindo os cinco tipos da doença. 69.952 casos eram de hepatite C, de acordo com o Ministério da Saúde brasileiro. Do total de casos de hepatite C registrados, 90% foram na região Sudeste e Sul. Este também foi o tipo com mais óbitos – 14.873.


O tratamento atual para a hepatite C pode incluir injeções por um ano, e envolve efeitos colaterais como depressão, cansaço e sensação de mal estar. Também não é seguro para muitas pessoas com cirrose.

Gkikas Magiorkinis, médico consultor em virologia médica da Universidade de Oxford, no Reino Unido, disse que o novo tratamento, que incluiu até pacientes com cirrose, foi um “grande avanço”.

No entanto, o estudo ainda não mostrou se a probabilidade de câncer de fígado cai a longo prazo, se a cirrose é revertida ou se a progressão para insuficiência hepática total é retardada. Só sabemos que o vírus foi embora de vez, o que já é uma excelente notícia.

Charles Gore, do Hepatitis C Trust, disse: “Este é um ponto de viragem. Eu acho que é incrivelmente emocionante termos a oportunidade de eliminar o vírus no Reino Unido, mesmo sem uma vacina”.

Gore disse ainda que, apesar de o estudo envolver apenas o genótipo 1, tratamentos para os genótipos 2 e 3 estão “a caminho” também.

A nova terapia poderia chegar ao Reino Unido ainda este ano. No Brasil, provavelmente teremos que aguardar mais pela novidade. 


Fonte: Hype Science

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Rússia desenvolve vírus capazes de destruir células cancerígenas

O Laboratório de Microbiologia e Virologia da Universidade Estatal de Novosibirsk desenvolveu um novo conjunto de vírus geneticamente modificados para destruir células carcinogênicas, segundo anunciou o chefe da instituição, Pyotr Chumakov. Segundo o pesquisador, todos os testes realizados in vitro e em cobaias animais se mostraram satisfatórios.

A equipe de cientistas russos está lidando com várias classes de vírus, todos não patogênicos, com o objetivo de encontrar curas para casos de câncer de mama, cólon, pulmão e cérebro. O prazo para dar início aos testes pré-clínicos baseados no novo tratamento, de acordo com Chumakov, dependerá das entidades estatais responsáveis pelo controle de medicamentos e métodos terapêuticos. Mas ele acredita que, se tudo der certo, a técnica já estará sendo utilizada normalmente dentro de dez anos.

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