segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cinco elementos rotineiros que causam câncer

Este mês a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a linguiça, o bacon, presunto e outras carnes processadas representavam um risco para a saúde como substâncias que causam câncer. O site britânico ‘The Daily Mail’ publicou uma lista com alguns elementos comuns da rotina que causam a doença:

Fumo passivo

De acordo com a OMS, estar do lado de um fumante pode ser tão mortal quanto formal. Segundo dados divulgados pela entidade, o fumo passivo mata mais de 600 mil pessoas por ano, sendo 28% crianças. Nos adultos, a exposição à fumaça do tabaco gera doenças cardiorrespiratórias, além, de câncer de pulmão.

Poluição

A OMS estima que, em 2012, cerca de 3,7 milhões de pessoas com menos de 60 anos faleceram em decorrência da exposição à poluição.

Em 2010, 223 mil pessoas morreram por câncer de pulmão causado pela poluição atmosférica e por um conjunto de poluentes, como poeira e fumaça, conhecido como material particulado.

Fumaça de motores a diesel

Desde a década de 80 a fumaça emitida por motores a diesel já é considerada um agente cancerígeno categoria ‘1’.

Um estudo de 2012 em parceria do Instituto Nacional de Câncer e do Instituto Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho nos Estados Unidos constatou um aumento no risco de morte por câncer de pulmão.

Exposição ao gás radônio

O radônio é um gás radioativo presente em rochas que sobe do solo à superfície. Em geral, a substância se dilui no ambiente, mas pode ter concentrações perigosas em ambientes fechado. Materiais de construção concentram o gás.

Incolor e inodoro, o gás é a principal causa específica de mortes por câncer de pulmão após o tabaco.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

VI Simpósio de Pós-Graduação em Análises Clínicas - SIMPAC e I International Symposium on Pathophysiology and Toxicology

O evento tem como objetivo discutir temas  atuais das áreas de Análises Clínicas, Fisiopatologia e Toxicologia, além de proporcionar um momento de interação entre alunos de pós graduação e pesquisadores de destaque em suas áreas de pesquisa.

Serão abordados temas como: Publicações de alto impacto em revistas internacionais, Biologia de sistemas, Screening de drogas, Avaliação de toxicidade, Inovação, Empreendedorismo, Propriedade Intelectual e Internacionalização, entre outros.

Público alvo: Estudantes de graduação, pós-graduação e profissionais da área da Saúde.

DATA:  09 e 10  de dezembro de 2015.

HORÁRIO:  A programação está prevista para ocorrer aproximadamente entre 08h00 e 17h30. Para conferir a PROGRAMAÇÃO, clique aqui.

LOCAL:  O evento ocorrerá na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin localizadas no Campus da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo - São Paulo, SP. Para maiores informações,  clique aqui.

INVESTIMENTO: Para informações sobre valores e formas de pagamento clique aqui.

INSCRIÇÕES: Online ou presencialmente no Centro de Vivência da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP - SP.
Mais informações aqui.

CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO: Serão entregues certificados de participação à todos que atenderem ao mínimo de 85% da programação  - MAIS INFORMAÇÕES EM BREVE.

TRADUÇÃO SIMULTÂNEA: Não haverá tradução simultânea para as palestras proferidas em inglês.

CRACHÁ: Todo participante receberá um crachá pessoal e intransferível. Seu uso é indispensável e, sem ele, não será possível o acesso às palestras.

ALTERAÇÃO SEM PRÉVIO AVISO:  A comissão organizadora se reserva ao direito de promover alterações de temas e palestrantes em caso de imprevistos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dia 20 de novembro é comemorado o Dia do Biomédico, no Brasil

O Dia do Biomédico é comemorado anualmente em 20 de novembro, no Brasil. A data homenageia o profissional da saúde que trabalha em parceria com os médicos para descobrir diagnósticos, através de analises físico-químicas e microbiológicas laboratoriais, atuando no tratamentos de doenças que acometem o saneamento do meio ambiente.
De acordo com a lei em vigência no Brasil, para exercer o cargo de biomédico é necessário concluir o curso de ensino superior em Ciências Biológicas, na modalidade médica.
A origem do Dia do Biomédico está no Decreto de Lei nº 11.339, de 3 de Agosto de 2006, institui o dia 20 de Novembro como Dia Nacional do Biomédico.
A escolha da data faz referência ao dia em que a profissão foi finalmente regularizada no país, através do Projeto de Lei nº 6.684 de 3 de Setembro de 1979.
Mercado de Trabalho:
A maioria dos profissionais trabalha em laboratórios de análises clínicas e diagnóstico por imagem, em clínicas ou hospitais. Pequena parte deles segue carreira acadêmica, lecionando ou fazendo pesquisa. Mas o bacharel pode atuar em órgãos públicos de saúde e em indústrias de biotecnologia, em áreas como análise de alimentos. Boas perspectivas têm surgido nas áreas de citopatologia, toxicologia, reprodução humana, hematologia e em clínicas especializadas em quimioterapia. Tem crescido, em todo o país, os concursos públicos para biomédicos atuarem na área de criminalística. Um nicho em alta é o da biomedicina estética. Nesse caso, o profissional atua em clínicas particulares que oferecem tratamento para pele.
 
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Direito à Saúde e ameaças ao SUS são tema de seminário

Como ação de mobilização para a 15ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) e com o objetivo de produzir uma avaliação crítica sistematizada dos possíveis efeitos e impactos da crise na área da saúde, a Fiocruz, em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), realizará na Uerj, no dia 24/11, o encontro O direito à Saúde e ao SUS sob ameaça? Impasses e Perspectivas. Para se inscrever, é preciso preencher o cadastro disponível no site do evento. 

A iniciativa busca promover o debate pré-conferência, ressaltar a importância da saúde como política social, analisar os riscos que a crise política, econômica e social pode trazer para a saúde pública e estimular o engajamento dos diversos setores da academia, movimentos sociais, estudantes, profissionais de saúde e formadores de opinião em geral nas questões relacionadas a manutenção e desenvolvimento do SUS.

Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas no site ou pelo Fale Conosco do evento.

Confira abaixo a programação:

9h – ABERTURA: Paulo E. Gadelha / Presidente da Fiocruz

9h30 – MESA I – ANÁLISE DA CONJUNTURA DA SAÚDE COM ENFOQUE NOS PROBLEMAS HISTÓRICOS QUE AINDA NÃO FORAM SUPERADOS

Coordenadora: Nísia Trindade Lima, Vice-Presidente – VPEIC/Fiocruz
Gastão Wagner de Sousa Campos – Presidente da Abrasco e Professor da Unicamp
Nívia Silva – Movimento dos Sem Terra (MST)

Exposição de cada palestrante 30 minutos, seguido de debate com o público

14h – MESA II – ANÁLISE DA CONJUNTURA DA SAÚDE COM ENFOQUE NAS AMEAÇAS CONTEMPORÂNEAS

Coordenador: Valcler Rangel Fernandes, Vice-Presidente – VPAAPS/Fiocruz
Cornelis Johannes Van Stralen – Presidente do Cebes e professor aposentado da UFMG
Roberto Dutra Torres Junior – Diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da
Democracia do Instituto Nacional de Planejamento Econômico Aplicado (Ipea)
Luiz Bassegio (Coordenador Continental do Grito dos Excluídos e do projeto Direitos Sociais e Saúde)

Exposição de 30 minutos cada seguido de debate com o público presente.

17H – MESA DE ENCERRAMENTO:

Valcler Rangel Fernandes, Gastão Wagner S. Campos e Cornelis Johannes Van Stralen

SERVIÇO:

O direito à Saúde e ao SUS sob ameaça? Impasses e Perspectivas
Data: 24/11/2015
Horário: 9h às 17h
Local: auditório 113 da UERJ. Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ministério da Saúde lança Plano de Eliminação da malária no Brasil

O Brasil registrou, em 2014, o menor número de casos de malária nos últimos 35 anos, uma  redução de 76% no número de casos.

Com o objetivo de combater a malária e acabar com a doença no país, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (10/11), o Plano de Eliminação da Malária no Brasil. A medida faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição aos Objetivos do Milênio. A meta é a redução de pelo menos 90% dos casos até 2030 e da eliminação de malária em pelo menos 35 países. Em 2014, o Brasil registrou o menor número de casos de malária nos últimos 35 anos (143.250 casos).

“O lançamento hoje do Plano de Eliminação e o reconhecimento que tivemos pela comunidade internacional nos últimos anos demostram o esforço do governo brasileiro em combater a malária. Isso prova que a doença não é negligenciada no país e que o Ministério da Saúde tem o compromisso, juntamente com estados e municípios, de continuar combatendo a doença”, ressaltou o secretario de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi. Ele enfatizou ainda que, apesar dos bons resultados, as ações precisam continuar para que o Brasil possa, no futuro, alcançar a meta da total eliminação da doença.

O lançamento do Plano ocorre durante encontro técnico, em Brasília, que reúne líderes e especialistas do país. Na ocasião, também foi apresentada a Estratégia Técnica Global da Organização Mundial de Saúde para a Malária 2016-2030 (GTS). Aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2015 e resultado da consulta de peritos em todo o mundo, o documento fornece orientação técnica e um quadro de ação e de investimentos para atingir as metas de eliminação de malária.

O Plano brasileiro faz parte da estratégia de atingir as metas estabelecidas pelas parcerias internacionais no âmbito dos Objetivos do Milênio. O documento fornece a orientação técnica necessária para os municípios, define estratégias diferenciadas para o diagnóstico, tratamento, controle vetorial, educação em saúde e mobilização social.

A OMS estima 219 mil novos casos e 660 mil mortes por ano, em todo o mundo, principalmente em crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas.  “Essas metas propunham uma redução de 75% entre os anos de 2000 a 2015. Em 2014, conseguimos reduzir em 76% o número de casos”, ressaltou a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Malária da SVS, Ana Carolina Santelli.

PRÊMIO INTERNACIONAL - O trabalho que vem sendo desenvolvido no Brasil é reconhecido internacionalmente. Na última quinta-feira (0/11), o Brasil recebeu o Malaria Champions of the Americas Award 2015, entregue ao Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), em Washington. Essa é a quarta vez que o país é premiado por seu esforço para reduzir os casos de malária.

O prêmio Malária Champions of the Americas Award reconhece organizações ou colaborações que usaram projetos inovadores para superar os desafios da malária nas Américas. O foco da premiação em 2015 foi os  programas de malária que contribuíram para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Anteriormente, os estados do Acre e do Amazonas já haviam recebido o mesmo prêmio.

CASOS NO BRASIL - A área endêmica da doença no Brasil compreende a região amazônica brasileira, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Esta região é responsável por 99% dos casos autóctones do país. Fora da região amazônica, mais de 80% dos casos registrados são importados dos estados pertencentes à área endêmica brasileira, de outros países amazônicos, do continente africano, ou do Paraguai. Desde 2000, tem havido uma redução de mais de 50% no número de casos de malária no Brasil.

Para definição do status de eliminação da doença, o Brasil utiliza metodologia da Organização Mundial da Saúde. Seguindo essa classificação, os municípios brasileiros foram divididos a partir da média da incidência parasitária de malária entre 2012 e 2014. Atualmente, o país apresenta um total de 5.113 municípios que se encontram em prevenção de reintrodução de casos de malária, 316 municípios em eliminação e 138 em controle. Para a malária tipo falciparum, 5.251 municípios estão em fase de prevenção de reintrodução de casos, 241 municípios em eliminação e 75 em controle.



Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3315

terça-feira, 3 de novembro de 2015

LEUCEMIA: PESQUISADORES DA UFF E FIOCRUZ DESCOBREM MOLÉCULAS CAPAZES DE COMBATER A DOENÇA

Professores e bolsistas envolvidos na pesquisa
Foto: Jéssica Rocha
 
Grupo formado por professores e alunos da UFF, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está pesquisando três moléculas capazes de combater a leucemia, o mais comum câncer do sangue.  Liderado pelos professores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, do departamento de Química Orgânica, do Instituto de Química da UFF,  a equipe  vem trabalhando desde 2009 com as quinonas (substâncias orgânicas coloridas presentes na natureza) e buscando aprofundar o conhecimento de suas atividades biológicas, principalmente anticancerígenas.  O objetivo é investigar a atividade dessas moléculas frente a células leucêmicas.

Segundo Fernando Carvalho da Silva, o Grupo de Síntese Orgânica tem uma de suas linhas de pesquisa voltada para a busca de novos fármacos. “Nós sintetizamos moléculas de baixo peso molecular que tradicionalmente possuem funções responsáveis por determinadas atividades farmacológicas”. As naftoquinonas, por exemplo, têm propriedades microbicidas, tripanomicidas, viruscidas, antitumorais e inibidoras de sistemas celulares reparadores, processos nos quais atuam de diferentes formas.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o trabalho contou também com parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que fomentou a bolsa dos alunos de pós-graduação envolvidos na pesquisa. Além dos benefícios que vem trazendo para a universidade, como a propriedade intelectual em si, explica Carvalho da Silva, o trabalho serve para mostrar a sociedade, “que é quem nos financia, que estamos trabalhando na direção de melhorar a qualidade de vida das pessoas na busca de novos fármacos”. No entanto, vale ressaltar que este trabalho é apenas um embrião de um trabalho ainda maior, cujo objetivo é a descoberta de um novo medicamento. Neste sentido, a UFF vem dando toda a infraestrutura necessária para que trabalhos como este sejam realizados.

A pesquisa, que pode ser lida na íntegra acessando o link do European Journal of Medicinal Chemistry - http://dx.doi.org/10.1016/j.ejmech.2014.07.079 - ainda não serve de base para nenhum tratamento utilizado atualmente, pois, segundo o professor, “precisa vencer muitas etapas para que se torne um medicamento para combater a leucemia”. Entretanto, estamos formando recursos humanos voltados para a pesquisa e mobilizando alunos da UFF na execução do trabalho.”

O trabalho faz parte da tese de doutorado da aluna Mariana Cardoso, do Programa de Pós-Graduação em Química da UFF, que reuniu também as alunas da UFF de iniciação científica, Illana da Silva e Isabela Santos. Participaram os professores Maria Cecília Bastos Vieira e David Rodrigues da Rocha, ambos do departamento de Química Orgânica, do Instituto de Química da UFF.

Fernando de Carvalho da Silva ressaltou ainda que a pesquisa científica e tecnológica é um dos pilares para soberania nacional de qualquer nação. Segundo o professor, o Grupo de Síntese Orgânica produz muitos resultados importantes, que muitas vezes ficam restritos aos especialistas e não saem dos relatórios técnico-científicos e dos artigos científicos gerados. “Na maioria das vezes a sociedade não toma conhecimento do importante trabalho, a seu favor, que os pesquisadores e cientistas desempenham nas universidades e institutos de pesquisa. É neste sentido que a imprensa, como fazem agora, precisa atuar mostrando à comunidade que estamos trabalhando e zelando pelo bem estar comum”, concluiu.

A doença

A leucemia é uma doença maligna originada na medula óssea, local onde as células do sangue são produzidas. Os glóbulos brancos (leucócitos) são as células atingidas, que passam a se reproduzir de forma descontrolada, ocasionando os sinais e sintomas da doença, que se divide nas categorias mielóide e linfóide, de acordo com a célula envolvida.

Fonte: UFF

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Britânicos começam maior estudo da história sobre efeitos da aspirina no câncer

O serviço público de saúde da Grã-Bretanha vai iniciar o maior estudo já feito para analisar se a aspirina pode prevenir o retorno do câncer em pacientes que já tiveram a doença.
Cerca de 11 mil pessoas que tiveram câncer de intestino, mama, próstata, estômago e esôfago participarão do estudo.
O estudo é financiado pelo NIHR, o setor de pesquisas do serviço público de saúde britânico, e a instituição de caridade Cancer Research UK, voltada para apoio a pacientes e pesquisas sobre o câncer.
Na pesquisa, os participantes deverão tomar um comprimido por dia durante cinco anos.
Depois, os pesquisadores vão comparar grupos de pacientes tomando doses diferentes de aspirina com as pessoas que consumirão apenas um placebo, e checar se ocorre reincidência da doença.
Ao longo de 12 anos, o estudo será realizado em cem centros de saúde espalhados pela Grã-Bretanha e deve envolver pacientes que estão ou estiveram em tratamento para câncer em estágio inicial.
"Esta pesquisa é particularmente animadora porque cânceres reincidentes são, com frequência, difíceis de tratar. Então encontrar uma forma barata e eficaz para evitar isso pode ser decisivo para os pacientes", disse Fiona Reddington, médica da Cancer Research UK.
Cientistas alertam que a aspirina não é adequada para todos os pacientes e não deve ser usada sem receita médica.
Tomar o medicamento todos os dias pode provocar efeitos colaterais, como úlceras e sangramento no estômago e até no cérebro.
No entanto, algumas pessoas com problemas cardíacos já tomam doses baixas e diárias de aspirina como parte de seu tratamento.
Tem ocorrido, nos últimos anos, um grande debate a respeito das possíveis propriedades da aspirina no combate ao câncer.
"Há algumas pesquisas interessantes que sugerem que a aspirina pode retardar ou evitar o retorno do câncer em estágio inicial, mas ainda não houve um teste aleatório para fornecer a prova clara. Este teste visa responder esta questão de uma vez por todas", disse Ruth Langley, líder da pesquisa.
"Se descobrirmos que a aspirina impede o retorno desses cânceres, é algo que poderá mudar o tratamento no futuro - fornecendo uma opção barata e simples para ajudar a impedir a reincidência do câncer e ajudando mais pessoas a sobreviver."
Alex King, uma britânica de 51 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em dezembro de 2009 e recebeu os resultados dos exames confirmando que ela está, agora, livre da doença.
"Ter câncer foi uma das experiências mais difíceis de minha vida. Qualquer oportunidade de reduzir a chance de o câncer voltar é incrivelmente importante para que os pacientes fiquem mais tranquilos", disse.
 
 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pesquisador da USP estuda uso de plástico de painéis solares na retina

Uma parceria entre a Universidade de São Paulo de São Carlos e o Politecnico di Milano está proporcionando descobertas que, no futuro, poderão beneficiar pacientes com doenças degenerativas na retina. Os pesquisadores descobriram que o polímero politiofeno, usado em placas solares, funciona também na água e em olhos de animais.
Segundo Paulo Barbeitas Miranda, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), os italianos estudam o material há anos e, em 2013, um aluno de doutorado de lá veio para o Brasil para realizar experimentos específicos. Começava a parceria.
“Esses materiais vêm sendo usados há muitos anos para células solares, eles absorvem muita luz e produzem cargas elétricas. Eles tiveram a ideia de ver se essa separação de carga ocorreria na água e viram que é possível deixar esse material imerso e disparar o funcionamento do neurônio”, contou.
Miranda afirmou que estudos sobre a aplicação de polímeros na retina, onde o estímulo luminoso é transformado em estímulo nervoso, são novidade e que, a princípio, os pesquisadores analisaram a absorção da luz e a comunicação com os neurônios, “os cabos elétricos do nosso corpo”.
Eles dispuseram o politiofeno em um suporte biocompatível e realizaram testes em ratos e porcos. “Há uma cegueira induzida, eles implantam e avaliam se há a sensibilidade à luz, e os estudos preliminares mostram que sim”, contou.
Outra vantagem do material, explicou o professor, é a maleabilidade. “O fato de ser flexível é importante. O olho é redondo, o material tem que se moldar, não seria possível com placas de silício, por exemplo”, disse, reforçando que ainda há um caminho a ser percorrido.
“Tem uma tecnologia a ser desenvolvida para ser mais durável e mais seguro. Ele precisa ser testado exaustivamente em animais e, uma vez comprovado, há os testes em voluntários com autorização das agências avaliadoras”, pontuou. “São passos caros e demorados, mas a potencialidade é grande”.
A intenção, ao final, é chegar a um filme fino, capaz de ser depositado na retina em casos de degeneração de fotorreceptores. “Vai substituir a parte que absorve a luz, não a parte neurológica”, adiantou.
“Do ponto de vista científico, há desafios: estudar o processo de comunicação elétrica entre o polímero e os neurônios, aprender a conectar melhor os dois, desenhar outros polímeros, projetar outros materiais”.
 
Paulo Barbeitas Miranda, professor do Instituto
de Física de São Carlos
 

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

'Engenharia genética pode fazer porcos doarem órgãos para humanos'

Um método de modificação de genes pode um dia tornar órgãos de porcos adequados para uso em pessoas, de acordo com cientistas.
George Church e seus colegas usaram uma técnica chamada Crispr para alterar o DNA de células de porco e torná-las compatíveis com humanos.
O trabalho preliminar, publicado na revista científica Science, trata de preocupações sobre possibilidade de rejeição e infecção por vírus presentes no DNA do porco.
Se esse problemas forem resolvidos, a técnica pode ser a resposta para os baixos índices de doação de órgãos.
Mas serão necessários mais anos de pesquisa para que porcos geneticamente modificados possam ser criados para abrigar órgãos que serão usados em pessoas.
O Crispr é uma ferramenta científica relativamente nova que permite que cientistas rearranjem códigos de DNA.
Church, da Universidade Harvard, usou a técnica para desativar retrovírus endógeno que reside no DNA do porco.
Este retrovírus suíno é perigoso porque pode infectar células humanas - pelo menos no laboratório.
Em testes com jovens embriões de porcos, Church conseguiu eliminar todas as 62 cópias dos retrovírus das células de porco usando a técnica Crispr.
Em seguida, ele checou se as células modificadas ainda transmitiriam com facilidade o retrovírus para as células humanas. Isso não ocorreu, embora ainda tenha havido uma pequena taxa de transmissão.
Church afirma que a descoberta traz grandes esperanças para o uso de órgãos de animais em humanos - o que os médicos chamam de xenotransplante.
Sarah Chan, especialista da Universidade de Edinburgo, disse: "Mesmo depois que as questões científicas e de segurança forem resolvidas, ainda deveríamos considerar possíveis preocupações culturais e impactos sociais associados a um uso disseminado de órgãos de porcos para transplante humano".
"Apesar disso, o resultado do estudo é valioso tanto como prova deste princípio como um possível passo para avanços terapêuticos nesta área, que ainda precisa de bastante pesquisa."
 
 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O mistério da geleira que cresceu enquanto todas as outras encolhiam

Em tempos de aquecimento global, a geleira de Belvedere, que lambe as portas do vilarejo de Macugnaga, no norte da Itália, é um caso raro: durante quatro anos, ela se expandiu, enquanto seus vizinhos encolheram.
Embora tenha ocorrido há mais de dez anos, entre 2001 e 2004, o fenômeno modificou a paisagem da região e ainda intriga pesquisadores.
"De alguma maneira a água entrou na geleira através de fendas e, por causa de uma espécie de efeito lubrificante, se espalhou, levando à expansão", afirma o glaciologista Gianni Mortara, do Conselho Nacional de Pesquisa italiano.
Um dos mistérios é que, mesmo após parar de crescer, a geleira segue um ritmo de descongelamento bem mais lento que o registrado na região – nos Alpes suíços, por exemplo, o intenso degelo tem revelado restos mortais de alpinistas desaparecidos há décadas.
A Belvedere é uma das formações analisadas pelo programa europeu Glaciorisk, que avalia os riscos das principais geleiras dos Alpes. Cientistas instalaram estações meteorológicas, câmeras e aparelhos para capturar e estudar seus movimentos.
A geleira está localizada aos pés do Monte Rosa, a montanha mais alta da Itália e a segunda dos Alpes, com 4.634 metros de altura.
Seu súbito crescimento, iniciado em 2001, assustou a pequena Macugnaga. O gelo avançava a uma média de cem metros por ano rumo ao vilarejo, contra os 40 metros históricos, superando as encostas laterais.
No topo do glaciar, a aceleração era ainda maior – chegava a 200 metros anuais –, por causa da inclinação.
Quando o fenômeno chegou ao fim, em 2004, deixou entre suas heranças um lago de 150 km² e 57 metros de profundidade.
Com seus quase 3 milhões de metros cúbicos de água, ameaçava transbordar e inundar a região, levando pesquisadores e engenheiros a escavar saídas artificiais para esvaziar essa espécie de represa natural.
Durante o processo, os cientistas lançaram produtos químicos não poluentes na água para ver onde ela iria parar. Em quatro dias, essas substâncias foram identificadas nos riachos Fontanone e Anza. Em menos de dois anos, parte do volume foi transferido aos dois córregos.
Hoje, há apenas um chão de pedras no local onde o lago se formou. Ou, nos dias de chuva, uma grande poça de lama.
 
 
 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dez cursos de graduação da UFF obtêm conceito máximo no ranking do Guia do Estudante

Entre os cursos considerados excelentes está o curso de Biomedicina.

O Guia do Estudante 2016 (GE), da Editora Abril, divulgou o ranking dos cursos de graduação das melhores instituições públicas e particulares do país. A Universidade Federal Fluminense teve 63 cursos avaliados e 10 obtiveram a nota máxima de cinco estrelas. Os avaliados como excelentes são: Biomedicina, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia de Produção, Estudos de Mídia, Geografia, História, Matemática e Turismo (todos de Niterói). Já 28 cursos foram qualificados como “muito bom”, recebendo a segunda maior nota, quatro estrelas. Outros 25 obtiveram o conceito “bom”, três estrelas. A avaliação, realizada há mais de duas décadas, é referência para alunos do ensino médio escolherem sua universidade. As análises feitas vão constar na edição Profissões Vestibular 2016 que chegará às bancas no dia 9 de outubro.

O resultado marca um avanço expressivo em relação ao ano anterior, quando quatro cursos receberam a nota máxima. Segundo o pró-reitor de Graduação, professor Renato Crespo, a colocação da UFF mostra a qualidade do seu ensino, dá maior visibilidade, projeção e aumenta o número de interessados nos cursos oferecidos pela universidade. “A boa avaliação reflete, ainda, o comprometimento e os esforços empreendidos no âmbito da graduação para garantir um ensino de qualidade, aliado ao fortalecimento dos projetos pedagógicos, da infraestrutura e dos programas de apoio aos estudantes para permanência e desenvolvimento acadêmico destes últimos”, afirmou Crespo.

A publicação avaliou como “muito bom” os seguintes cursos de Niterói: Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Civil, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Estatística, Farmácia, Filosofia, Física, Jornalismo, Letras, Medicina Veterinária, Produção Cultural, Psicologia, Química e Relações Internacionais. E como “bom” os cursos de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Cinema e Audiovisual, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia de Petróleo, Engenharia Elétrica, Geofísica, Medicina, Nutrição, Pedagogia e Publicidade e Propaganda.

Os cursos da UFF localizados em outros municípios e submetidos ao processo também conquistaram boas posições no ranking. Dentre eles, 10 foram avaliados como “muito bom”: Pedagogia, de Angra dos Reis; Odontologia, de Nova Friburgo; Engenharia de Produção, Produção Cultural e Serviço Social, de Rio das Ostras; Administração, Agronegócios e Agropecuária, Engenharia de Produção e Engenharia Metalúrgica, de Volta Redonda. Já os que receberam o conceito “bom” foram: Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Geografia e Serviço Social de Campos dos Goytacazes; Administração e Ciências Contábeis em Macaé; Biomedicina em Nova Friburgo; Ciência da Computação e Psicologia em Rio das Ostras; Administração Pública e Engenharia Mecânica em Volta Redonda. 

“A boa avaliação dos cursos do interior complementa os esforços destacados anteriormente, adicionando, ainda, a consolidação do movimento de expansão da UFF e da relevância da presença desta no interior do Estado”, conclui o pró-reitor de Graduação.

A Avaliação

O curso superior precisa atender a quatro critérios para participar da avaliação: ser um curso de bacharelado ou bacharelado e licenciatura (ambas simultaneamente), com exceção de Pedagogia e Educação Física, considerados licenciaturas; possuir turma formada há pelo menos um ano; ser presencial; ter turmas em andamento e ser oferecido no próximo processo seletivo. A cada curso é atribuído um dos seguintes conceitos: excelente (cinco estrelas), muito bom (quatro estrelas), bom (três estrelas), regular e ruim, além de “prefiro não opinar”. 

Geralmente, cada consultor avalia 35 cursos diferentes, baseando-se no questionário respondido pelo coordenador de cada graduação, além do conhecimento prévio que o avaliador possui sobre a universidade que vai analisar. Mesmo com o não preenchimento do questionário, o curso passa por avaliação. O Guia do Estudante dá o selo de avaliação do ano corrente (2015) para o processo seletivo do ano seguinte (2016).

Fonte: UFF

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Como citar o Twitter em um trabalho acadêmico – Tendências


Dar um RT não é mais a única forma de citar aquele tweet importante de que você gostou. A partir de agora, citações mais ~moderninhas~, como as atualizações de status no Twitter, já podem ser oficialmente eternizadas – junto com enciclopédias, livros e revistas - no conteúdo de TCCs e teses de mestrado.

A novidade foi proposta pela Modern Language Association (MLA), associação norte-americana que, como a brasileira ABNT, dita as regras quando o assunto são os formatos de trabalhos acadêmicos. O formato padrão, que mistura as regras tradicionais às particularidades da rede social, é bem fácil de aprender: último nome, primeiro nome. (nome da arroba). “o tweet completo”. Data, Horário. Tweet. No caso do post da SUPER escolhido para ilustrar esse texto, ficaria assim:

SUPERINTERESSANTE, Revista. (revistasuper). “Cuidado: Tédio pode matar migre.me/88THy”. 2 de Março de 2012, 16:40. Tweet.


P.S.: Procurado pela reportagem, o Centro de Informações Técnicas da ABNT não informou quais são as normas brasileiras para a citação de um tweet.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nova espécie do gênero humano é descoberta na África do Sul

Um grupo de pesquisadores apresentou nesta quinta-feira (10) na África do Sul os remanescentes fósseis de um primata que podem ser de uma espécie do gênero humano desconhecida até agora.
A criatura foi encontrada na caverna conhecida como Rising Star (estrela ascendente), 50 km a nordeste de Johanesburgo, onde foram exumados os ossos de 15 hominídeos. O primata foi batizado de Homo naledi. Em língua sotho, "naledi" significa estrela, e Homo é o mesmo gênero ao qual pertencem os humanos modernos.
Os fósseis foram encontrados em uma área profunda e de difícil acesso da caverna, na área arqueológica conhecida como "Berço da Humanidade", considerada patrimônio mundial pela Unesco. Por se situar num depósito sedimentar onde as camadas geológicas se misturam de maneira complexa, os cientistas ainda não conseguiram datar o primata descoberto, que poderia ter qualquer coisa entre 100 mil e 4 milhões de anos.
 
Em 2013 e 2014, os cientistas encontraram mais de 1.550 ossos que pertenceram a, pelo menos, 15 indivíduos, incluindo bebês, adultos jovens e pessoas mais velhas. Todos apresentavam uma morfologia homogênea e pertenciam a uma "nova espécie do gênero humano que era desconhecida até então".
O Museu de História Natural de Londres classificou a descoberta como extraordinária.
"Alguns aspectos do Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e seus pés, estão muito próximos aos do homem moderno. Ao mesmo tempo, seu pequeno cérebro e a forma da parte superior de seu corpo são mais próximos aos de um grupo pré-humano chamado australopithecus", disse Chris Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres, autor de um artigo sobre o tema que acompanhou o estudo de Berger, publicado no periódico científico eLife.
 
A descoberta pode permitir uma compreensão melhor sobre a transição, há milhões de anos, entre o australopiteco primitivo e o primata do gênero homo, nosso ancestral direto.
Se for muito antiga, com mais de 3 milhões de anos, a espécie teria convivido com os australopitecos, anteriores ao gênero homo. Se for mais recente, com menos de 1 milhão de anos, é possível que tenha coexistido com os neandertais -- primos mais próximos do Homo sapiens -- ou até mesmo com humanos modernos.
Os trabalhos que levaram à descoberta foram patrocinados pela National Geographic Society, dos EUA, e pela Fundação Nacional de Pesquisa da África do Sul.
 
 
 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cientista brasileiro cria 'minicérebro' para testar droga contra síndrome

Um grupo de cientistas liderados pelo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, usou "minicérebros" criados em laboratório para simular uma doença neurológica e testar drogas para tentar curá-la.
As estruturas usadas na pesquisa foram criadas a partir de células da pele de pacientes da chamada "síndrome do duplo MECP2", que causa problemas cognitivos e motores graves. Crianças com essa doença rara – que só teve sua causa genética identificada há cerca de uma década – dificilmente chegam a mais de dez anos de idade. Ainda não há tratamento para a síndrome, mas o grupo de Muotri encontrou uma substância que deve passar por um teste clínico em breve.
A droga foi encontrada após o cientista usar minicérebros doentes para testá-la. Para criar essas estruturas, a equipe do biólogo usou células da pele de pacientes como ponto de partida para criar neurônios em laboratório. Dessa forma, as estruturas criadas poderiam imitar os problemas de desenvolvimento nervoso que ocorrem nos portadores da doença.
A primeira coisa que os cientistas fizeram foi reverter as células cutâneas dos pacientes para um estágio primitivo, similar ao das células-tronco de embriões humanos, unidades genéricas não especializadas. Depois disso, as células foram reprogramadas para se transformarem em neurônios, os quais formaram enfim os minicérebros ou “neurosferas”, termo técnico adotado pelos cientistas.
Essas estruturas orgânicas são uma versão aprimorada das culturas de células – células mantidas vivas em pires de laboratório, usadas para observar o comportamento de tecidos. No caso do tecido nervoso, a vantagem de criar esses “organoides” sem deixá-los grudar na base do pires é que eles reproduzem a maneira tridimensional com que os neurônios estão no cérebro. Dessa forma, é possível simular com mais precisão o efeito de doenças nervosas.
Simulação“O minicérebro não tem uma estrutura completa e não é um cérebro em miniatura”, explica Muotri. “Muito provavelmente ele não 'pensa' e não tem consciência, mas ele simula de forma rudimentar o tipo de organização que existe no cérebro humano.”
A vantagem de usar minicérebros em laboratório é que eles crescem como culturas de células e formam naturalmente uma estrutura em camadas – similar à que existe no córtex, a superfície do cérebro, responsável pelo processamento mais sofisticado de informações no sistema nervoso. Possuindo tamanho médio em torno de 30 micrômetros — largura de um fio de cabelo de bebê – essas estruturas são maiores que os grupos isolados de neurônios em cultura de células bidimensionais. É possível assim, medir os impulsos elétricos que trafegam por essa estrutura e verificar se estão ocorrendo de forma normal.
Ao observar os minicérebros criados a partir de células dos portadores da síndrome do duplo MECP2, os cientistas notaram que os neurônios – células naturalmente dotadas de ramos e filamentos que as conectam umas às outras – estavam se ramificando demais. Isso fez com que criassem entre si conexões em excesso e de forma desordenada, impedindo o desenvolvimento saudável do cérebro.
A doença possui esse nome porque esse defeito congênito é causado pela multiplicação do gene MECP2, que normalmente só possui uma cópia no DNA. Conhecendo o gene que causava a doença, os cientistas buscaram moléculas que pudessem interferir nas reações bioquímicas relacionadas a ele no organismo.
Testando mais de 40 drogas, os cientistas encontraram uma que conseguiu reverter os efeitos nocivos da doença nos minicérebros. Um composto sintético batizado com a sigla NCH-51, descoberto já há alguns anos numa varredura em busca de drogas contra o câncer, “curou” as neurosferas sem causar efeitos colaterais. O resultado do trabalho foi descrito num estudo de Muotri que sai nesta segunda-feira na revista “Molecular Psychiatry”.
Os cientistas devem entrar dentro de alguns meses com um pedido de autorização para realizar um ensaio clínico onde a substância será testada nas crianças doentes. O trabalho provavelmente terá continuidade no Centro de Genética Humana de Leuven, na Bélgica, que colaborou com o grupo de Muotri e possui mais expertise na área clínica.
Se a droga se mostrar segura e eficaz nos testes clínicos, o trabalho liderado pelo biólogo brasileiro deverá ser o primeiro a obter sucesso usando essa técnica para encontrar medicamentos.
 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

8° Curso de Interação Clín​ico Laborato​rial

O 8° Curso de Interação Clínico Laboratorial do Hospital Israelita Albert Einstein abordará vários temas do tratamento do diagnóstico laboratorial: Endocrinologia, Infectologia, Clínica Médica, Gastroenterologia, Reumatologia, entre outros. O curso também contará com uma plenária sobre Medicina Preditiva, com a interação entre o diagnóstico clínico e o laboratorial, e também uma sessão sobre o Diagnóstico de Alzheimer.

Público-alvo: Médicos, Biomédicos, Farmacêuticos, Bioquímicos, Enfermeiros, Estudantes e demais profissionais da saúde.

Data: 23 e 24 de outubro de 2015.

Inscrições: Até 16 de outubro de 2015.

Local: Auditório Moise Safra – Av. Albert Einstein, 627 – 1º andar, Bloco A – Morumbi, São Paulo, SP.

Para mais informações acesse o site oficial do evento: 8° Curso de Interação Clín​ico Laborato​rial​​​​

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

XI Congresso Brasileiro de Bioética

O Congresso Brasileiro de Bioética é um evento promovido pela Sociedade Brasileira de Bioética – SBB. No ano de 2015, a sua XI edição será realizada entre os dias 16 e 18 de setembro em Curitiba, no Campus da PUC-PR.

Comemorando os 20 anos de fundação da SBB e os 10 anos da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO o tema central do congresso será “BIOÉTICA E DESIGUALDADES”, refletindo o comprometimento da bioética brasileira desde o seu início com as questões sociais. 

Para mais informações, inscrições e programação clicar nos links abaixo: 


Local: PUC PR - Imaculada Conceição, 1155 – Prado Velho - Curitiba - PR | CEP 80215-901

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

X Congresso de Biomedicina da Baixada Santista

X Congresso de Biomedicina da Baixada Santista, contando entre outras palestras, com a primeira palestra em congresso do nosso ex-aluno, Bruno Pacífico.

Detalhes no link: http://migre.me/rcCxJ


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Brasil avança na produção de vacina contra a dengue

Uma vacina que deverá imunizar os brasileiros contra a dengue está cada vez mais perto de se tornar realidade e chegar aos postos de saúde do País. Os pesquisadores do Instituto Butantan, responsáveis pelo estudo, deverão iniciar nos próximos meses a terceira etapa do processo de liberação da  contra a dengue. Na quinta-feira (6), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de organismos geneticamente modificados (OGMs) para vacina contra Dengue 1,2,3 e 4 atenuadas, que prevê a continuidade da pesquisa. A vacina usa o próprio vírus da dengue, modificado por engenharia genética.
"Essa é a primeira autorização que a gente tem que pode viabilizar a vacina. É uma liberação para que a gente tenha condições de fazer o ensaio de fase três. É um produto para ser usado ainda experimentalmente em ensaios clínicos que irá mostrar a eficácia ou não da vacina. Quando terminar esse estudo, e todos os resultados forem satisfatórios, nós vamos entrar com uma extensão dessa solicitação de liberação comercial para que a gente possa comercializar esse produto", afirma o diretor de Produção do Instituto Butantan, Paulo Lee Ho.
Na chamada "fase 3", a eficácia da vacina será testada em voluntários de todo o Brasil, a fim de verificar se o antivírus irá proteger as pessoas dos quatro tipos de dengue. O produto deverá ser aplicado em aproximadamente 20 mil voluntários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. "Será testada em indivíduos que nunca tiveram dengue e também em quem já teve", diz o diretor. "Quando o indivíduo tem dengue, em geral teve contra um sorotipo e está vulnerável contra os outros tipos, essa vacina tem que proteger contra todos os tipos", explica.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou que a aprovação dessa fase de estudos mostra que as instituições brasileiras funcionam no caminho de melhorar a saúde pública do País. "É uma prova de eficiência da CTNBio e uma promessa para os brasileiros", disse.
Além da permissão da CTNBio, o Instituto Butantan precisa receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep) ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS). "A nossa expectativa é que a gente comece neste ano os estudos da fase três, e o nosso objetivo é começar a produzir a vacina comercialmente no final de 2017 e início de 2018", afirma Paulo Lee Ho.
Na avaliação dele, a introdução da vacina no mercado terá impacto muito grande. "O impacto vai além de saúde pública, mostra o comprometimento em saúde pública do Instituto, mostra que estamos na fronteira, que estamos atentos, coroa todo um esforço de uma instituição e seus pesquisadores. A vacina não só vai evitar mortes, como também os casos de mobilidade, porque a dengue é uma doença muito debilitante em que a pessoa fica fora da vida social por semanas, às vezes meses, e a recuperação também é muito difícil, então eu acho que ela é uma proteção a mais", avalia o diretor. "A ideia é vacinar toda a população e proteger por dez anos", aponta.
 
 
 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Biologia da Polinização

A Biblioteca do Instituto Biomédico acaba de incluir em seu acervo a versão impressa do livro "Biologia da Polinização", organizado por André Rodrigo Rech, Kayna Agostini, Paulo Eugênio Oliveira e Isabel Cristina Machado. O livro aborda os diversos aspectos da polinização por especies animais, tais como mariposas, abelhas borboletas, besouros, algumas aves, morcegos, etc.

"A polinização é considerada um serviço ecossistêmico básico e que suporta os outros serviços ecossistêmicos disponibilizados pela natureza, como aumento da produção agrícola, do controle biológico e da erosão do solo, ciclagem de nutrientes, conservação da vida selvagem etc. Nos últimos anos, as alterações antrópicas, ou seja, os impactos causados pelo homem na sua utilização dos recursos naturais, levaram ao decréscimo de populações de alguns polinizadores fundamentais para a produção de alimento no mundo. Como consequência, um alerta geral sobre a importância do tema surgiu nos cenários científico e econômico".

"No Brasil, os pesquisadores Marlies Sazima e Ivan Sazima estabeleceram um grupo de estudos de polinização de nossas plantas nativas, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na década de 1980. Foi um trabalho pioneiro, bem estruturado, de alta qualidade e que trouxe frutos importantes, entre eles a formação de uma geração bem preparada de biólogos da polinização, que continuam multiplicando este conhecimento. A atividade acadêmica da Dra. Marlies Sazima, que é alvo desta homenagem ao completar seus 70 anos, se reflete na produção científica e na formação de excelentes pesquisadores, que ocupam posições de destaque em universidades e centros de pesquisa de todo o país e no exterior".

"Este livro, cuidadosamente preparado para esta ocasião, é o mais importante e atual sobre Biologia da Polinização publicado no Brasil, em português, e está entre os melhores da literatura internacional. Destaca-se a abordagem evolutiva, precisa e ao mesmo tempo simples. Os capítulos foram bem elaborados, utilizaram ampla literatura e nos trazem um panorama muito completo sobre o que é conhecido atualmente sobre a polinização. A leitura é muito agradável e permeada de dados históricos para a construção dos conceitos. As figuras apresentadas são de muita qualidade e ilustram muito bem o texto. Será certamente um clássico da literatura científica brasileira".

A obra completa, além de consultada na sua versão impressa na Biblioteca do Instituto Biomédico, também pode ser acessada em pdf no seguinte link: https://pt.scribd.com/doc/273407264/Biologia-Da-Polinizacao

Texto: Partes do Prefácio da obra, por Vera Lucia Imperatriz-Fonseca (Universidade de São Paulo)

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Ministério da Saúde convoca população para fazer teste da hepatite C

Em atenção ao Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais, lembrado hoje (28), o Ministério da Saúde está convocando a população para fazer o teste da hepatite C e se vacinar contra as hepatites A e B. O teste pode ser feito nos postos da rede pública de saúde. A recomendação é feita especialmente para pessoas com mais de 40 anos. O Ministério da Saúde considera primordialmente esta faixa etária porque nas décadas de 80 e 90 havia mais uso de drogas injetáveis, transfusões de sangue e hemodiálise com menor controle e sexo desprotegido.
Considerado pelo Ministério da Saúde como um grave problema de saúde pública, a hepatite é uma inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Sem o teste, a pessoa que tem o vírus só vai sentir sintomas quando a doença estiver em estágio muito avançado. A transmissão da hepatite C, causado pelo vírus HCV, se dá pelo sangue contaminado, por relação sexual, de mãe para filho e em ambiente hospitalar. O Ministério da Saúde lançou um novo protocolo para o tratamento da doença com 90% de cura.
A estimativa é que 1,4 milhão de pessoas tenham a doença no Brasil mas apenas 120 mil são confirmados e 100 mil em tratamento, já que nem todos tem esta recomendação. Todos os anos surgem aproximadamente dez mil novos casos e três mil mortes associadas à hepatite C no país.

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/2015/07/ministerio-da-saude-convoca-populacao-para-fazer-teste-da-hepatite-c

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pesquisadores descobrem forma de detectar o mal de Parkinson

Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto descobriram uma forma de detectar o mal de Parkinson com ajuda de um exame de ressonância magnética.
O Parkinson é uma doença crônica. Provoca a morte de células do cérebro, principalmente, na área responsável por controlar os movimentos do corpo.
O Parkinson ainda não tem cura, mas pesquisadores da USP de Ribeirão Preto encontraram uma alternativa que pode ajudar no controle da doença.
Os pesquisadores já sabiam que quando um paciente que tem a doença de Parkinson morre, ele sempre apresenta um acúmulo de ferro no cérebro. Agora eles descobriram que dá para identificar essa presença de ferro em um exame que já é considerado de rotina nos hospitais. A ressonância magnética. 
Os médicos passaram dois anos comparando exames de pessoas saudáveis com os de pacientes que têm a doença. Criaram um sistema para deixar a imagem diferente. As cores mudam e a área onde a concentração de ferro é maior fica mais branca. “Nós fizemos um cálculo matemático onde foi possível obter a informação da concentração de ferro e aí então essa nova imagem apresenta regiões que possuem concentração de ferro elevada ou baixa”, diz o físico médico da USP, Jeam Haroldo Oliveira Barbosa.
Com o resultado, ainda não dá para dizer se o ferro é a causa ou a consequência da doença de Parkinson, mas já é considerado um avanço para o tratamento.
 

terça-feira, 21 de julho de 2015

Depois de Plutão, 6 projetos que devem revolucionar a forma como vemos o espaço

Agência Europeia e Nasa têm planos de enviar sondas para o Sol, as luas de Júpiter e até para redirecionar asteroides.
Na semana passada, a comunidade científica mundial presenciou uma das missões espaciais mais fascinantes dos últimos tempos: depois de viajar por mais de nove anos, a sonda New Horizons, da Nasa, se aproximou de Plutão e capturou imagens que mostram o planeta anão como nunca antes.
O momento mais emocionante já passou, mas a missão está longe de sua conclusão. Nos próximos 16 meses a nave, agora a caminho de outros objetos que estão no cinturão de asteroides de Kuiper, vai continuar enviando tudo o que registrar durante a expedição. A interpretação destes dados pode demorar anos.
Mas, além deste projeto, há outros que prometem surpreender os cientistas nos próximos anos: 
A missão ExoMars visa descobrir, basicamente, se há ou já existiu vida em Marte. Trata-se se um programa conjunto entre a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Roscosmos, a agência russa.
Se já existiu vida em Marte, o mais provável é que isto ocorreu nos primeiros bilhões de anos depois da formação do planeta, quando sua superfície era mais quente e úmida do que no presente.
Em 2016, a ESA vai enviar uma nave para pegar amostras da atmosfera marciana e, em 2018, enviará um veículo de seis rodas que pode perfurar o solo chegando até dois metros de profundidade, para buscar eventual matéria orgânica preservada da intensa radiação que o planeta recebe em sua superfície.
Ainda não foi definido o local exato do pouso do veículo, mas será em uma área que mostre evidências de erosão por água no passado.
Se a missão Rosetta - bem-sucedida em seu objetivo de pousar em um asteroide - já parecia ambiciosa, esta será ainda mais.
O plano da Missão de Redirecionamento de Asteroides (ARM, na sigla em inglês), da Nasa, consiste em identificar, capturar e fazer o traslado de um asteroide para uma órbita ao redor da Lua para que astronautas, no futuro, possam se aproximar e obter amostras.
A missão ainda está na fase de planejamento, mas se conseguir o financiamento, começará em 2020.
A análise destas rochas espaciais pode fornecer dados importantes sobre a origem do Sistema Solar, segundo os defensores do projeto.
Por outro lado, a missão contribuiria para o desenvolvimento da tecnologia que poderia ser útil para desviar qualquer asteroide perigoso que chegue perto demais da Terra, de acordo com os cientistas.
A Nasa tem em vista seis possíveis asteroides, apesar de a agência ainda não ter decidido como o escolhido será capturado. Uma das possibilidades inclui até envolver a rocha em uma bolsa inflável.
A ESA também tem previsão de enviar em 2022 uma nave para estudar as luas geladas de Júpiter.
A nave, que demorará cerca de oito anos para chegar, sobrevoará Calisto e Europa antes de pousar em Ganimedes, a maior lua do Sistema Solar.
Ganimedes é a única lua do Sistema Solar que gera seu próprio campo magnético.
A sonda fará observações durante três anos. Os cientistas acreditam que abaixo da capa gelada destes satélites de Júpiter existam oceanos de água líquida.
Com a data de lançamento prevista para 2018, a sonda Solar Orbiter (também da ESA) será a primeira a chegar mais perto do Sol, orbitando a apenas 42 milhões de quilômetros da estrela.
Naquela região a intensidade da radiação solar é 13 vezes superior à registrada na Terra e as temperaturas podem chegar aos 520 graus.
Ela fará fotografias e medições desde a órbita interna do planeta Mercúrio para obter dados que permitam conhecer melhor a dinâmica do Sol.
A missão visa aprofundar os conhecimentos sobre o funcionamento do Sol e sua influência sobre a vizinhança, especialmente o modo como gera e acelera o fluxo de partículas carregadas que envolvem o resto dos planetas.
A nave Orion, da Nasa, está projetada para levar até seis astronautas até as profundezas do espaço.
O objetivo final é levar o homem a Marte até o meio da década de 2030.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Cientistas querem usar plantas para carregar celular

Ao armazenar elétrons produzidos pela fotossíntese das plantas, pesquisadores querem carregar bateria de celular. Cientistas da universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, estudam formas de transformar a energia produzida por plantas em "paineis solares biológicos".
O grupo também investiga como algas marinhas podem ser usadas como fonte de energia.
Por enquanto, o processo, que aproveita os elétrons armazenados pela fotossíntese, ainda é muito lento. Mas no futuro, cientistas acreditam que será possível criar jardins que fornecerão energia renovável e barata.
 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Palestra Sobre Ciências Forenses

No dia 18 de julho de 2015, ocorrerá no CRBM1, em Curitiba, uma palestra sobre Ciências Forenses, com o biomédico Thiago Yuiti Castilho Massuda. O evento será gratuito e com inscrições via e-mail.

Para maiores informações clique na imagem abaixo.



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Cientistas desenvolvem adesivo de insulina que pode substituir injeções

Adesivo detecta alta do nível de açúcar e libera dose de insulina no corpo.
Testes feitos em roedores ocorreram com sucesso.

Um pequeno adesivo de insulina, quadrado e não maior que uma moeda de um real, poderia substituir as injeções para diabéticos, segundo um estudo publicado na edição desta semana da revista científica da Academia Americana de Ciências, a "PNAS".

(Foto: Divulgação/PNAS)
O adesivo pode detectar os aumentos nos níveis de açúcar no sangue e liberar dose de insulina na corrente sanguínea quando for necessário. Até agora o adesivo só foi testado em roedores com diabetes de tipo 1, mas, segundo seus criadores, os resultados deste estudo são "promissores" em relação a seu sucesso em humanos.

De fato, os cientistas sustentam que os efeitos estabilizadores do adesivo poderiam ser inclusive mais duráveis em humanos, dado que têm mais sensibilidade à insulina que os animais usados no experimento.

"Criamos um adesivo para diabetes que funciona rápido, é fácil de usar e é feito de material não tóxico e biocompatível", explicou Zhen Gu, um dos autores do estudo, elaborado por cientistas da Universidade da Carolina do Norte e a Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

"O sistema pode ser personalizado em função do peso da pessoa diabética e sua sensibilidade à insulina, razão pela qual podemos tornar ainda mais inteligente este adesivo inteligente", acrescentou o pesquisador.

Os autores do estudo destacaram que as injeções de insulina atuais representam um processo para o paciente que é "doloroso e impreciso".

"Injetar-se uma quantidade incorreta de medicação pode derivar em complicações significantes como cegueira e amputações de extremidades, ou consequências mais desastrosas como o coma diabético ou a morte", destacou John Buse, outro dos autores da pesquisa.

Segundo o estudo, o diabetes afeta mais de 387 milhões de pessoas no mundo todo, e espera-se que o número aumente até 592 milhões para o ano 2035.

Fonte: G1

terça-feira, 23 de junho de 2015

Os problemas de saúde causados pelo uso de smartphone e como evitá-los

Tensão muscular causada por postura indevida em uso prolongado de celulares ou tablets causa 'pescoço de texto' e até inflamação nos nervos.
 
O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia - mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano.
Se você sente constantes dores de cabeça, um couro cabeludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso indevido do smartphone.
Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de "text neck" - "pescoço de texto" em tradução livre -, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular.
Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, a "pescoço de texto" também pode levar a dores no braço e no ombro.
"O que estamos vendo são cefaleias cervicogênicas", afirmou. Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.
Esse problema pode se agravar e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital.
É uma condição neurológica em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.
"Cerca de 30% dos nossos pacientes que vemos têm nevralgia occipital", disse a osteopata Lola Phillips.
"Você tende a ter esse problema quando usa muito tablets, laptops ou smartphones. Você começa a sentir uma tensão na parte da frente do pescoço e uma fraqueza na parte de trás dele."
A dor pode ser intensa, como se o pescoço estivesse "queimando", e começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior, no couro cabeludo.
Geralmente, as dores começam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital, mas às vezes elas ficam localizadas mais na parte da frente, acima dos olhos.


Uso excessivo de smartphones pode causar problemas graves na coluna e no pescoço (Foto: Reprodução)

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/06/os-problemas-de-saude-causados-pelo-uso-de-smartphone-e-como-evita-los.html

terça-feira, 16 de junho de 2015

Capacitação de Usuários na Biblioteca do Instituto Biomédico

Foi realizada na última sexta-feira, 12 de junho de 2015, no Laboratório de Informática do Instituto Biomédico, uma atividade de capacitação de usuários do Setor de Referência da Biblioteca do Instituto Biomédico para os alunos de Pós-Graduação em Microbiologia e Parasitologia Aplicadas do Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense.
O Evento contou com a participação dos bibliotecários: Vanja Nadja Ribeiro Bastos - Bibliotecária Chefe, Daniel Ribeiro dos Santos - responsável pelo Setor de Referência, Mariângela Gonçalves da Silva - Setor de Periódicos e Regina de Oliveira Novaes da Silva - Setor de Pesquisas.
 


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...