segunda-feira, 25 de julho de 2016

Colóquio de Análise de Redes Aplicadas abre inscrições para submissão de trabalhos



















A análise de redes, sejam elas biológicas, interpessoais, organizacionais ou científicas, permeia diversas áreas do conhecimento e oferece novas ferramentas para uma ampla gama de campos de pesquisa, incluindo biologia, economia, matemática, física, ciências sociais etc.

O II Colóquio de Análise de Redes Aplicada (CARA 2016) tem como propósito discutir avanços na aplicação da análise de redes em diversas áreas do conhecimento e promover a incorporação de novos recursos e conhecimentos à comunidade científica, difundindo o uso da análise de redes como elemento estratégico para a interpretação e compreensão de diferentes processos de interação.

O CARA possui caráter multidisciplinar e contará com a participação de especialistas das áreas da saúde, ciência da informação, física, gestão, prospecção tecnológica, entre outras.

Data do evento: 8 e 9 de novembro de 2016
Local: Fundação Oswaldo Cruz

Chamada para submissões de trabalhos

DATAS IMPORTANTES

Início da submissão de trabalhos: 18/07/2016
Término da submissão de trabalhos: 22/08/2016
Divulgação do aceite de trabalhos: 19/09/2016

As linhas e temas para submissão de trabalhos encontram-se descritas abaixo:

Redes Biológicas e Doenças Infecciosas: aplicação da análise de redes para a compreensão de fenômenos biológicos, interação entre sistemas, redes metabólicas, redes genéticas, estudo de transmissão de doenças e modelos epidemiológicos;

Redes Sociais: aplicação da análise de redes nas diferentes formas de interação humana, incluindo movimentos sociais, redes virtuais, redes de amizade ou de apoio, redes criminais, análise de redes em estudos históricos etc;

Redes de Colaboração na Ciência e Tecnologia: aplicação da análise de redes em estudos sobre a colaboração e disseminação de informações na ciência e tecnologia, incluindo pesquisa e desenvolvimento tecnológico, políticas públicas etc;

Análise de Redes para Apoio à Gestão: aplicação da análise de redes como ferramenta de apoio à gestão, avaliação de pesquisa, planejamento e formulação de políticas e processos tomada de decisão, incluindo inteligência competitiva, gestão da informação e gestão do conhecimento.

Informações sobre inscrições, palestrantes, programação, etc acesso o site oficial do evento.

Fonte: CARA 2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

Indústria nacional desenvolve genérico de medicamento para prevenção do HIV

O Brasil pode ter o primeiro genérico do medicamento norte-americano Truvada, que previne contaminação pelo vírus HIV, causador da aids, e que atualmente é importado pelos brasileiros a um custo elevado. O Ministério da Saúde também importa componentes do Truvada para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a assessoria de imprensa do órgão.

O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver, integrante do grupo de indústrias farmacêuticas que firmaram Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com o Ministério da Saúde. Segundo as PDPs, a indústria desenvolve a tecnologia de medicamentos e tem prazo de cinco anos para transferir essa tecnologia para a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). No fim desses cinco anos, a Fiocruz domina o processo e passa a fornecer diretamente para o ministério.

Formulação

A Blanver entrará com o pedido de registro do genérico do Truvada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias, informou hoje (5) o presidente-executivo (CEO) da empresa, Sérgio Frangioni. No momento, o dossiê sobre o genérico está sendo finalizado.

O remédio é composto por dois princípios ativos (Entricitabina e Tenofovir). Quando tomado diariamente, ele reduz o risco de a pessoa contrair o vírus. Frangioni disse que já foram cumpridas todas as etapas do processo de desenvolvimento da droga, incluindo a formulação, iniciada em 2012, a estabilidade do produto e a fase de bioequivalência, quando o genérico é comparado com o produto de referência e tem sua eficácia comprovada.

Referência

Sérgio Frangioni afirmou que o medicamento referência (Truvada) foi desenvolvido por um laboratório norte-americano e usado inicialmente para compor esquemas antirretrovirais para tratamento de pessoas já infectadas. A partir de 2012, a Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo dos Estados Unidos para controle de medicamentos, entre outros produtos, liberou a fórmula para uso na prevenção da infecção.

A estratégia é indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a ser estudada pelo Ministério da Saúde brasileiro como uma alternativa a mais para diminuir o número de novos casos.

Frangioni adiantou que o Truvada não tem disponibilidade no mercado nacional e, por isso, é importado atualmente. Esclareceu que a prevenção “é para indivíduo que não foi exposto”. Já o Ministério da Saúde fornece o antirretroviral Tenofovir para pessoas com o vírus. “Hoje, o ministério fornece os medicamentos para tratamento, não para prevenção pré-exposição. Ele só fornece para prevenção pós-exposição”.

Na Europa e Estados Unidos o Truvada custa 400 euros, podendo chegar a US$ 1 mil. A fabricação do genérico no Brasil, com o registro da Anvisa, pode reduzir esse valor para um custo mensal de US$ 100 ou cerca de R$ 350 mensais.

Grupo de risco

Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registra em média 40 mil novos casos da doença por ano. As principais incidências estão entre homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas injetáveis. “Esse grupo de risco está muito mais exposto à atuação do vírus”, comentou Frangioni. Com o genérico do Truvada, a ideia da Blanver é focar nessas pessoas que compõem o grupo de risco, além de profissionais do sexo, para evitar o crescimento do número de indivíduos que precisarão de tratamento pelo resto da vida.

“É melhor você prevenir pontualmente do que contrair o vírus e ter de tomar remédio pelo resto da vida. Isso se demonstrou bastante eficaz porque, infelizmente, hoje tem muita gente que não faz sexo seguro e imagina que o tratamento resolverá. A pessoa prefere o risco de pegar a doença, sabendo que tem um tratamento, mas não sabe as consequências no longo prazo. A ideia é dar essa ferramenta a mais para os desavisados se conscientizarem”, acrescentou Frangioni.

Prevenção

Parte do medicamento genérico deverá ser distribuída pelo SUS e parte será destinada a pacientes fora do SUS. “Se você conseguir reduzir o número de casos novos, o governo contribuir para isso e a população privada ter acesso ao medicamento, seria uma ação positiva conjunta”, afirmou o executivo da indústria farmacêutica. Sua expectativa é que a Anvisa defina o registro ao genérico em menos de um ano.

O novo medicamento não pretende substituir os métodos de prevenção já estabelecidos, mas se somar aos métodos existentes, como a camisinha masculina e feminina e os testes de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

Por meio da assessoria, o Ministério da Saúde informou que ainda não há pedido de incorporação do medicamento genérico do Truvada no órgão. A Anvisa disse que aguarda a entrada do pedido de autorização da indústria farmacêutica para avaliação.

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Instituto Butantan fecha parceria para vacina contra zika

A expectativa é que a vacina esteja disponível para os primeiros testes em humanos já no primeiro semestre de 2017

O Instituto Butantan fechou na sexta-feira uma parceria com autoridades de saúde dos Estados Unidos para o desenvolvimento de uma vacina de zika. O acordo prevê investimentos de mais de R$ 10 milhões para pesquisas contra a doença, além de cooperação técnica entre os especialistas em vacinas da Autoridade de Desenvolvimento e Pesquisa Biomédica Avançada dos Estados Unidos (Barda, na sigla em inglês) e os pesquisadores brasileiros. 

A instituição brasileira receberá 3 milhões de dólares (cerca de 10,5 milhões de reais) do Barda, órgão ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês), o equivalente ao Ministério da Saúde dos EUA, para pesquisas de uma vacina com vírus inativado, incapaz de transmitir a doença. Os recursos serão investidos em equipamentos e insumos para o desenvolvimento de um imunizante contra a infecção. 

“O Butantan já vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina de vírus inativado. Esse tipo de vacina tem desenvolvimento científico e tecnológico mais rápidos e, por usar vírus não infectante, tem a aprovação pelos órgãos reguladores, como Anvisa, facilitada”, destaca o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil. 

Nos últimos meses, os pesquisadores do Instituto trabalharam no processo de cultura, rendimento, purificação e inativação do vírus em laboratório. Atualmente, a instituição  está na fase de imunização do vírus inativado em roedores. Os próximos passos envolvem testes de toxicidade do produto em animais e análise de uma área industrial para a produção do imunobiológico. A expectativa é que a vacina esteja disponível para os primeiros testes em humanos já no primeiro semestre de 2017.

“O investimento reconhece a excelência do Instituto Butantan na pesquisa e produção de novos imunobiológicos. A parceria permitirá que a instituição prossiga na produção de uma vacina contra o zika vírus, contribuindo para o avanço das pesquisas científicas no país”, afirma Kalil.

O repasse financeiro se dará por meio de acordo entre a Barda e a Organização Mundial de Saúde (OMS) para a expansão da capacidade de pesquisa e produção de vacinas no Brasil. Além dos recursos provenientes do órgão americano, a OMS destinará doações de outros países e organizações privadas para expandir a capacidade de produção de vacinas do Instituto Butantan.

Fonte: Veja
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...