segunda-feira, 18 de março de 2013

Células brancas têm papel chave no controle das células vermelhas do sangue

NOVA YORK - Pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine da Universidade de Yeshiva e da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai descobriram que os macrófagos — células brancas do sangue que têm um papel-chave na resposta imune — também ajudam a produzir e eliminar as células vermelhas (hemácias). As descobertas podem levar a novas terapias para doenças ou condições em que a produção de células vermelhas sai do equilíbrio. O estudo foi publicado na revista “Nature Medicine”.

“Nossos resultados oferecem uma intrigante nova visão sobre como o corpo mantém um equilíbrio saudável das células vermelhas do sangue”, disse o líder do estudo, Paul Frenette, professor de Medicina e de Biologia Celular. “Nós temos demonstrado que os macrófagos na medula óssea e no baço nutrem a produção de novas células vermelhas, ao mesmo tempo em que limpam o envelhecimento dessas células, a partir da circulação. Isso pode nos ajudar a conceber novas terapias para as condições que levam à contagem anormal de hemácias, como a anemia hemolítica, a policitemia vera, a perda aguda de sangue, além de ajudar na recuperação da quimioterapia e no transplante de medula óssea.”

Estudos anteriores, todos feitos em laboratório, sugeriram que os macrófagos em células da medula óssea atuam como um enfermeiro para os eritroblastos, que são os precursores das hemácias. Mas a maneira como essas “ilhas eritroblásticas” (macrófagos cercado por eritroblastos) funcionam em animais vivos ainda não é clara.

No atual estudo, envolvendo ratos, os pesquisadores descobriram que, eliminando seletivamente macrófagos com CD169 (uma molécula de superfície celular), havia redução no número de eritroblastos na medula óssea — evidência de que esses macrófagos são de fato vitais para a sobrevivência dos eritroblastos, que se transformam em hemácias.

“O que foi surpreendente é que nós não vimos nenhuma anemia significante depois”, disse o doutor Frenette. Os investigadores analisaram, então, o tempo de vida das células vermelhas do sangue e descobriram que elas estavam circulando há mais tempo do que o habitual.

Os pesquisadores também examinaram o papel dos macrófagos na policitemia vera, uma doença genética na medula óssea, que produz muitos glóbulos vermelhos, levando a dificuldades respiratórias, tonturas, coagulação excessiva do sangue, entre outros sintomas. Usando um modelo de rato com policitemia vera, eles descobriram que esgotar macrófagos na medula óssea normaliza a contagem de glóbulos vermelhos. “Isso aponta para uma nova maneira de controlar a doença,” disse o Dr. Frenette.

Fonte: Extra

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