quarta-feira, 25 de maio de 2016

Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF inicia pesquisa de vacinação em meninos contra o HPV

O HPV (vírus do papiloma humano) tem sido apresentado para a população geral como causador do câncer de colo de útero, a doença mais prevalente após a contaminação e a que mais mata. Esse vírus é responsável por diversos tipos de câncer e verrugas genitais que afetam não só as mulheres como também os homens. No entanto, a conscientização e a vacinação são voltadas no geral apenas para o público feminino.

No Brasil, a vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 13 anos. Com base nesses dados, o Setor de Doenças Sexualmente Transmissíveis e o Laboratório de Virologia do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal Fluminense vão iniciar nessa semana um projeto de pesquisa inédito no Brasil: a vacinação em meninos contra o HPV.

Professor Mauro Romero Leal Passos e vacinas
contra o HPV

Foto: Letícia Felippe
A pesquisa será feita em pacientes do sexo masculino que residam na comunidade Morro do Estado, em Niterói, com idades entre 11 e 17 anos. Esses garotos serão acompanhados ao longo de dois anos através da coleta de amostras clínicas da genitália e da boca por meio de raspagem e da vacinação feita em duas doses. O estudo foi recém-aprovado pelo Comitê de Ética e fará parceria com a Associação de Moradores do local.

A vacina quadrivalente, que é a disponibilizada para a população e será aplicada nos voluntários, imuniza contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, sendo os dois primeiros causadores de verrugas genitais e papilomas respiratórios e os dois últimos responsáveis por lesões com potencial maligno (câncer). Algumas doenças mais graves também são causadas pelos tipos 6 e 11 como o câncer de pênis, por exemplo. O Brasil é um dos países com mais casos no mundo, cerca de mil pênis são amputados por ano só no SUS por conta da doença.

“A importância do estudo é fortalecer o trabalho de educação, saúde e prevenção além de sensibilizar a população e o Ministério da Saúde para que estendam a campanha de vacinação contra o HPV também para os meninos”, disse o professor Mauro Romero Leal Passos, especialista em doenças sexualmente transmissíveis da UFF.

Os jovens serão vacinados no primeiro dia e a segunda dose será aplicada após seis meses. Isso ocorrerá independente deles terem o vírus ou não, sendo monitorados através das quatro raspagens coletadas ao longo do projeto. No caso do diagnóstico laboratorial, serão usadas técnicas de biologia molecular que identificam o vírus. “Nosso objetivo é ver se a vacina está realmente evitando a infecção desses meninos. Mas serão necessários anos de pesquisa para identificarmos o impacto na redução da doença maligna, que demora muito a se manifestar”, contou a professora Silvia Maria Cavalcanti, professora do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF.

A imunização nos homens também é importante para as mulheres, já que o vírus é sexualmente transmissível. A proposta da pesquisa é vacinar e acompanhar cerca de 700 meninos dessa comunidade, um número sólido para o monitoramento. Com isso, há a possibilidade da “imunização rebanho”, que protegerá também parceiros sexuais desses garotos.

Evento de conscientização

No dia 13 de julho, no Windor Florida Hotel, localizado no bairro do Flamengo (Rio de Janeiro-RJ) haverá o evento “HPV in Rio”. É um projeto do Setor de DST da universidade em parceria com a Associação de DST do Rio de Janeiro que já ocorre há alguns anos. O objetivo é dar visibilidade ao tema para o público médico e a população em geral sobre as prevenções, diagnósticos e doenças causadas pelo vírus HPV. O foco nesse ano serão as patologias causadas além do câncer do colo de útero, dando importância à prevenção na população masculina.

Por Mariana Yagi
Fonte: UFF.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Curiosidade da Semana: Vacinação de pacientes soropositivos

Em dias nos quais as pessoas se preocupam cada vez mais com as infecções virais, gripes e demais doenças infeciosas, confira algumas recomendações do Programa DST-AIDS sobre a vacinação de pacientes soropositivos.

Podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. Maior imunodepressão está associado a maior risco relacionado a vacinas de agentes vivos.

O soropositivo deverá ser avaliado por um médico antes de tomar qualquer vacina. É recomendado adiar a vacinação em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência avançada (CD4 < 200 cel/mm³).

Orientações gerais para adultos:

1. Pneumococo: uma dose para pacientes com CD4 > 200cel/mm³. 
apenas um reforço após cinco anos.
2. Hepatite B: em todos os pacientes suscetíveis (Anti-HBsAg negativo, anti-HBc negativo) 
3. Hepatite A: pacientes suscetíveis (anti-HVA negativo) e portadores de hepatopatias crônicas.
4. Febre amarela: conforme recomendação do calendário vacinal do Ministério da Saúde de acordo com a região.
5. Difteria e tétano (dT): reforço a cada dez anos.
6. Influenza: anual.

OBS: qualquer outra vacina deverá ser avaliada individualmente durante o acompanhamento médico.

Referência: Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Para Manejo Da Infecção Pelo HIV em Adultos. Brasília 2013. http://www.aids.gov.br/pcdt/protocolo-clinico

Fonte: DST-AIDS

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cientistas desenvolvem 'segunda pele' para esconder rugas e olheiras

Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram uma película elástica e invisível que pode ser aplicada à pele para diminuir a aparência de rugas e pele flácida abaixo dos olhos e olheiras.

A 'segunda pele' mantem a hidratação e parece melhorar
 a elasticidade da pele natural
Depois de uma série de pequenos testes, a revista especializada Nature Materials informou que essa "segunda pele" é aplicada sobre a pele da pessoa e, quando ela seca, forma uma película que "imita as propriedades da pele jovem".

Por enquanto a película está sendo usada em testes apenas como um produto cosmético.

Mas os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirmam que essa "segunda pele" poderá ser usada no futuro como protetor solar ou como uma forma de ministrar medicamentos a pacientes através da pele.

Protótipo

A equipe de cientistas americanos testou o protótipo em alguns voluntários aplicando a fórmula da região abaixo dos olhos, nos antebraços e pernas.

O polímero polissiloxano foi sintetizado usando moléculas de silicone e oxigênio. O composto foi criado para imitar a pele humana e fornecer uma camada protetora e permeável.

Segundo os pesquisadores, a película temporária mantém a hidratação da pele e ajuda a aumentar sua elasticidade.

Em um dos testes, a pele foi beliscada por um tempo e depois solta, para verificar-se o quanto tempo ela demorava para voltar a sua posição normal.
A pele abaixo do olho esquerdo foi coberta com o polímero;
a pelo abaixo do olho direito não foi coberta

Com o envelhecimento, a pele perde firmeza e elasticidade e, com isso, o desempenho nesse tipo de teste fica pior.

A parte da pele que foi coberta com o polímero ficou mais elástica do que a pele sem a película. E, a olho nu, a parte com a película parecia mais macia, firme e menos enrugada.

"Há muitos desafios em desenvolver uma segunda pele que seja invisível, confortável e eficaz para manter a hidratação", afirmou Robert Langer, que liderou o trabalho no MIT.

"Ela precisa ter as propriedades óticas certas, ou não vai ter uma boa aparência, e precisa ter as propriedades mecânicas certas, ou não vai ter a força certa e não vai desempenhar seu papel corretamente."

"Estamos muito animados com as oportunidades que são apresentadas como resultado deste trabalho e ansiosos para desenvolver mais esses materiais, para melhorar o tratamento a pacientes que sofrem de várias doenças de pele", acrescentou.

Segundo os pesquisadores, a película pode ser usada o dia todo sem causar irritação e resiste ao suor e à chuva.

Por enquanto ainda são necessários mais estudos para determinar a eficácia desta segunda pele, e o polímero aguarda aprovação de órgãos reguladores.

Tamara Griffiths, da Associação Britânica de Dermatologistas, afirmou que, apesar dos resultados promissores, ainda é preciso fazer mais testes.

"Os resultados (com o) polímero parecem ser comparáveis aos de uma cirurgia, mas sem os riscos. É preciso fazer mais pesquisas, mas esta é uma abordagem nova e promissora para um problema comum. Vou acompanhar o desenvolvimento (da película) com interesse", afirmou.

Por Michelle Roberts
Editora de Saúde do site da BBC

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Programa de Material Didático tem inscrições prorrogadas

As inscrições para o Programa de Material Didático 2016.1 foram prorrogadas e poderão ser feitas até o dia 13 de maio.

O programa visa conceder acesso a materiais didáticos para estudantes regularmente matriculados nos cursos presenciais de graduação ou pós-graduação da UFF, que apresentem vulnerabilidade socioeconômica.

Para participar do Programa o estudante deve estar matriculado em Curso de Graduação presencial ou em Programa de Pós-Graduação presencial da UFF; estar inscrito em número de disciplinas na forma estabelecida no Regulamento dos Cursos de Graduação da UFF ou de seu Curso de Pós-Graduação; comprovar situação de vulnerabilidade socioeconômica por meio de documentação própria, especificada na página http://www.uff.br; e, não estar inadimplente junto à Superintendência de Documentação - SDC, referente à devolução de livros das Bibliotecas da UFF, ou junto a qualquer outro órgão da UFF, referente à prestação de contas ou devolução de valores indevidamente recebidos, até que seja comprovada a resolução da pendência.

Para se inscrever o estudante deverá apresentar na Coordenação de Apoio Acadêmico da Proaes, a documentação exigida no Edital.

Para acessar o edital e documentos clique aqui.

Fonte: UFF.

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