terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Conselho Federal de Medicina estabelece novas regras para determinar morte cerebral

O Conselho Federal de Medicina determinou que pacientes com suspeita de morte encefálica deverão ser observados e tratados por no mínimo seis horas antes do início do protocolo que diagnostica a falta de atividade cerebral.
Antes, o protocolo para determinar a ausência de atividade no cérebro era iniciado imediatamente. Agora, pacientes obrigatoriamente devem ser tratados por no mínimo seis horas a partir da suspeita e o protocolo começa.
Somados os períodos, a determinação da morte cerebral só poderá ocorrer em sete horas (seis horas de observação + uma hora de exames).
Nos últimos 20 anos, houve mais de 100 mil diagnósticos de morte encefálica no país. Nenhuma delas, de acordo com o CFM, foi contestada.
As novas normas devem ser publicadas em até 72 horas no Diário Oficial da União e alteram as regras atuais, vigentes desde 1997.
De acordo com o relator da nova resolução, Hideraldo Cabeça, as novas normas dão maior segurança ao procedimento. Além de neurologistas, também estarão habilitados a diagnosticar morte encefálica intensivistas, intensivistas pediátricos, neurocirurgiões e médicos de emergência. Familiares também poderão indicar um profissional de confiança.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Perdemos nosso colaborador Joaci Vilaça

A Biblioteca do Instituto Biomédico perdeu, ontem, 4 de dezembro, seu colaborador há 11 anos, Joaci Vilaça.
Começou na biblioteca em 05 de maio de 2006 e nos envolveu diariamente com seu sorriso, suas brincadeiras, sua força interior...
Trabalhou atendendo aos usuários com seu carisma especial, com amor, simpatia e carinho!

Sentiremos saudades!
Seu sepultamento será hoje, às 16 horas, no cemitério Maruí - Capela A

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

HIV e Aids: veja lista do G1 com dúvidas, mitos e verdades


Esta sexta-feira, 1º de dezembro, é Dia Mundial de Luta Contra a Aids e, por isso, o G1 preparou uma lista para tirar dúvidas e desmistificar algumas “falsas verdades” sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Para começar, Aids não é doença, não está relacionada à orientação sexual ou identidade de gênero e também não ficou restrita às décadas de 1980 e 1990, quando grandes nomes da cultura e da intelectualidade brasileiras, como Cazuza, Renato Russo e o sociólogo Betinho, morreram em razão dela.
A síndrome está condicionada à infecção pelo vírus HIV, e o Brasil vive um momento de epidemia, segundo o Ministério da Saúde. A pasta estima que 830 mil pessoas sejam portadoras do vírus em todo o país – 84% delas já foram diagnosticadas. A recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) é de 90%.
Se o leitor confunde Aids com HIV, antes de começar a leitura, é preciso que tome conhecimento. A Aids é a manifestação sintomática do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e, portanto, só aparece quando ele não é controlado. O que ocorre é uma queda no sistema imunológico, que fica vulnerável a doenças como pneumonia e tuberculose.
Até os anos 1990, casos de infecção pelo vírus eram descobertos somente quando as pessoas já haviam atingido o estágio da Aids. Naquela época, o Brasil ainda estava em fase de descoberta do vírus e desenvolvia as primeiras formas de tratamento. Hoje, com a detecção precoce do HIV, o número de casos de Aids tende a ser cada vez menor.
Outro ponto importante é que a principal forma de transmissão do HIV é o sexo, desde que sem camisinha. Qualquer relação sexual desprotegida, seja homossexual ou heterossexual, está suscetível à contaminação pelo vírus.
O Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) é um tipo de retrovírus que ataca as células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, como bactérias, fungos e, claro, os vírus. Quando o HIV entra na circulação sanguínea, ele ataca os linfócitos T-CD4+, que também são chamados de glóbulos brancos, e altera o DNA deles para que possa se multiplicar.
Uma vez no sangue, o HIV não é eliminado – por enquanto, a ciência ainda não desenvolveu tecnologias capazes de extinguir o vírus. O que se pode fazer é reduzir a carga viral com o chamado “coquetel antirretroviral”, ou seja, diminuir taxa de multiplicação do HIV pelo uso de um combinado de medicamentos. Assim, esse índice pode chegar próximo de zero, quando o vírus fica indetectável – ou seja, com chance de transmissão quase nula.
Para funcionar, no entanto, os remédios – tenofovir, lamivudina e dolutegravir – precisam ser tomados diariamente, sempre no mesmo horário, e o mais precoce possível desde o diagnóstico da presença do vírus no sangue. Quanto antes, melhor a chance de atingir à carga viral indetectável.
Somente quando o vírus HIV não é tratado, a pessoa infectada desenvolve a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), que é provocada pela queda da capacidade de combate do sistema imunológico. As principais doenças associadas à Aids são respiratórias, como a pneumonia e a tuberculose, além de insuficiência renal, doenças cardíacas, tumores e cânceres.
Por isso, o Ministério da Saúde alerta sobre a importância de se fazer o teste anti-HIV, especialmente depois de uma situação de risco, como relação sexual desprotegida, compartilhamento de seringas ou uso de materiais cortantes não esterilizados (veja abaixo como e onde fazer).
Além do risco pessoal, o desconhecimento sobre a infecção pode ser um perigo para os parceiros sexuais. Como o HIV é um tipo de vírus cujo período de incubação é prolongado – o que significa que os sintomas costumam demorar a aparecer – é possível que pessoas infectadas sequer tenham conhecimento da própria condição.
Somente em Brasília, de janeiro até a segunda quinzena de novembro, foram registrados 836 casos de HIV – destes, 269 também estavam associados à Aids. A Secretaria de Saúde estima que 75% das pessoas que têm o vírus no Distrito Federal estejam diagnosticadas.
Diante dos dados, a presidente da Sociedade de Infectologia no DF, Valéria Paes Lima, disse ao G1 que o principal motivo para que um terço dos casos de HIV tenham evoluído para a Aids está no desconhecimento sobre a própria saúde.
“A pessoa que faz o tratamento tem bom resultado. Ela consegue chegar à carga viral zero e não transmite mais o vírus. Então, a transmissão está acontecendo justamente entre as pessoas que não sabem que estão [com o HIV].”
Qualquer pessoa que tenha tido uma relação sexual sem camisinha pode ter contraído o vírus HIV, “não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião”, explica o Ministério da Saúde.
Outras formas de infecção são uso de seringa por mais de uma pessoa ou de instrumentos cortantes não esterilizados, de mãe para filho – na chamada “transmissão vertical” – e por transfusão de sangue contaminado.




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