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Kawashima é investigador do Centro para o Envelhecimento Inteligente da Universidade de Tohoku e trabalha com grupos de idosos, investigando formas de manter os seus cérebros ativos durante mais tempo. O neurocientista japonês acredita que a plasticidade do cérebro, a sua capacidade de se transformar, não existe apenas nos jovens, mas até em pessoas que têm demência.
Uma das suas preocupações é que o uso crescente dos computadores torne o nosso cérebro preguiçoso. Apesar de esta teoria ser vista com algum ceticismo, as suas investigações e experiências têm despertado muito interesse na área científica e tanto os pacientes com demência como a população em geral beneficiariam das suas descobertas, como destaca a BBC.
Kawashima defende que fazer certos exercícios simples, com frequência, ajuda a reverter alguns processos de envelhecimento das funções cerebrais. Por exemplo, fazer contas, além de nos ajudar na matemática, também nos pode ajudar a lembrar de nomes e até do sítio onde deixamos a chave de casa. Acredita que estes exercícios cerebrais podem mesmo melhorar o desempenho do nosso cérebro em todos os aspetos.
Três vezes por semana, um grupo de idosos de Sendai vai a este 'ginásio cerebral' de Kawashima para treinar num ambiente controlado.
O jornalista da BBC News Magazine, Adam Shaw, foi testar a destreza cerebral destes idosos. Competiu com a aluna Endo Tokiko. A octogenária não só conseguiu terminar o teste muito antes do que o britânico com metade da sua idade, como o fez com grande facilidade.
Uma análise à atividade cerebral de ambos durante o exercício revelou que enquanto Adam Shaw usou todas as suas 'armas mentais', o monitor de Tokiko revelou que ela usou apenas uma pequena parte da sua capacidade mental. Esse desempenho brilhante, como explica o jornalista da BBC foi resultado de 15 minutos de treino cerebral diário.
Adam Shaw admite ainda que teve de procurar novamente o nome da sua adversária enquanto que ela, provavelmente, ainda se lembra do dele.
Fonte: Banco da Saúde
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