segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Dez cursos de graduação da UFF obtêm conceito máximo no ranking do Guia do Estudante

Entre os cursos considerados excelentes está o curso de Biomedicina.

O Guia do Estudante 2016 (GE), da Editora Abril, divulgou o ranking dos cursos de graduação das melhores instituições públicas e particulares do país. A Universidade Federal Fluminense teve 63 cursos avaliados e 10 obtiveram a nota máxima de cinco estrelas. Os avaliados como excelentes são: Biomedicina, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Enfermagem, Engenharia de Produção, Estudos de Mídia, Geografia, História, Matemática e Turismo (todos de Niterói). Já 28 cursos foram qualificados como “muito bom”, recebendo a segunda maior nota, quatro estrelas. Outros 25 obtiveram o conceito “bom”, três estrelas. A avaliação, realizada há mais de duas décadas, é referência para alunos do ensino médio escolherem sua universidade. As análises feitas vão constar na edição Profissões Vestibular 2016 que chegará às bancas no dia 9 de outubro.

O resultado marca um avanço expressivo em relação ao ano anterior, quando quatro cursos receberam a nota máxima. Segundo o pró-reitor de Graduação, professor Renato Crespo, a colocação da UFF mostra a qualidade do seu ensino, dá maior visibilidade, projeção e aumenta o número de interessados nos cursos oferecidos pela universidade. “A boa avaliação reflete, ainda, o comprometimento e os esforços empreendidos no âmbito da graduação para garantir um ensino de qualidade, aliado ao fortalecimento dos projetos pedagógicos, da infraestrutura e dos programas de apoio aos estudantes para permanência e desenvolvimento acadêmico destes últimos”, afirmou Crespo.

A publicação avaliou como “muito bom” os seguintes cursos de Niterói: Arquivologia, Biblioteconomia, Ciências Sociais, Direito, Engenharia Civil, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Estatística, Farmácia, Filosofia, Física, Jornalismo, Letras, Medicina Veterinária, Produção Cultural, Psicologia, Química e Relações Internacionais. E como “bom” os cursos de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Cinema e Audiovisual, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia de Petróleo, Engenharia Elétrica, Geofísica, Medicina, Nutrição, Pedagogia e Publicidade e Propaganda.

Os cursos da UFF localizados em outros municípios e submetidos ao processo também conquistaram boas posições no ranking. Dentre eles, 10 foram avaliados como “muito bom”: Pedagogia, de Angra dos Reis; Odontologia, de Nova Friburgo; Engenharia de Produção, Produção Cultural e Serviço Social, de Rio das Ostras; Administração, Agronegócios e Agropecuária, Engenharia de Produção e Engenharia Metalúrgica, de Volta Redonda. Já os que receberam o conceito “bom” foram: Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Geografia e Serviço Social de Campos dos Goytacazes; Administração e Ciências Contábeis em Macaé; Biomedicina em Nova Friburgo; Ciência da Computação e Psicologia em Rio das Ostras; Administração Pública e Engenharia Mecânica em Volta Redonda. 

“A boa avaliação dos cursos do interior complementa os esforços destacados anteriormente, adicionando, ainda, a consolidação do movimento de expansão da UFF e da relevância da presença desta no interior do Estado”, conclui o pró-reitor de Graduação.

A Avaliação

O curso superior precisa atender a quatro critérios para participar da avaliação: ser um curso de bacharelado ou bacharelado e licenciatura (ambas simultaneamente), com exceção de Pedagogia e Educação Física, considerados licenciaturas; possuir turma formada há pelo menos um ano; ser presencial; ter turmas em andamento e ser oferecido no próximo processo seletivo. A cada curso é atribuído um dos seguintes conceitos: excelente (cinco estrelas), muito bom (quatro estrelas), bom (três estrelas), regular e ruim, além de “prefiro não opinar”. 

Geralmente, cada consultor avalia 35 cursos diferentes, baseando-se no questionário respondido pelo coordenador de cada graduação, além do conhecimento prévio que o avaliador possui sobre a universidade que vai analisar. Mesmo com o não preenchimento do questionário, o curso passa por avaliação. O Guia do Estudante dá o selo de avaliação do ano corrente (2015) para o processo seletivo do ano seguinte (2016).

Fonte: UFF

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Como citar o Twitter em um trabalho acadêmico – Tendências


Dar um RT não é mais a única forma de citar aquele tweet importante de que você gostou. A partir de agora, citações mais ~moderninhas~, como as atualizações de status no Twitter, já podem ser oficialmente eternizadas – junto com enciclopédias, livros e revistas - no conteúdo de TCCs e teses de mestrado.

A novidade foi proposta pela Modern Language Association (MLA), associação norte-americana que, como a brasileira ABNT, dita as regras quando o assunto são os formatos de trabalhos acadêmicos. O formato padrão, que mistura as regras tradicionais às particularidades da rede social, é bem fácil de aprender: último nome, primeiro nome. (nome da arroba). “o tweet completo”. Data, Horário. Tweet. No caso do post da SUPER escolhido para ilustrar esse texto, ficaria assim:

SUPERINTERESSANTE, Revista. (revistasuper). “Cuidado: Tédio pode matar migre.me/88THy”. 2 de Março de 2012, 16:40. Tweet.


P.S.: Procurado pela reportagem, o Centro de Informações Técnicas da ABNT não informou quais são as normas brasileiras para a citação de um tweet.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nova espécie do gênero humano é descoberta na África do Sul

Um grupo de pesquisadores apresentou nesta quinta-feira (10) na África do Sul os remanescentes fósseis de um primata que podem ser de uma espécie do gênero humano desconhecida até agora.
A criatura foi encontrada na caverna conhecida como Rising Star (estrela ascendente), 50 km a nordeste de Johanesburgo, onde foram exumados os ossos de 15 hominídeos. O primata foi batizado de Homo naledi. Em língua sotho, "naledi" significa estrela, e Homo é o mesmo gênero ao qual pertencem os humanos modernos.
Os fósseis foram encontrados em uma área profunda e de difícil acesso da caverna, na área arqueológica conhecida como "Berço da Humanidade", considerada patrimônio mundial pela Unesco. Por se situar num depósito sedimentar onde as camadas geológicas se misturam de maneira complexa, os cientistas ainda não conseguiram datar o primata descoberto, que poderia ter qualquer coisa entre 100 mil e 4 milhões de anos.
 
Em 2013 e 2014, os cientistas encontraram mais de 1.550 ossos que pertenceram a, pelo menos, 15 indivíduos, incluindo bebês, adultos jovens e pessoas mais velhas. Todos apresentavam uma morfologia homogênea e pertenciam a uma "nova espécie do gênero humano que era desconhecida até então".
O Museu de História Natural de Londres classificou a descoberta como extraordinária.
"Alguns aspectos do Homo naledi, como suas mãos, seus punhos e seus pés, estão muito próximos aos do homem moderno. Ao mesmo tempo, seu pequeno cérebro e a forma da parte superior de seu corpo são mais próximos aos de um grupo pré-humano chamado australopithecus", disse Chris Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres, autor de um artigo sobre o tema que acompanhou o estudo de Berger, publicado no periódico científico eLife.
 
A descoberta pode permitir uma compreensão melhor sobre a transição, há milhões de anos, entre o australopiteco primitivo e o primata do gênero homo, nosso ancestral direto.
Se for muito antiga, com mais de 3 milhões de anos, a espécie teria convivido com os australopitecos, anteriores ao gênero homo. Se for mais recente, com menos de 1 milhão de anos, é possível que tenha coexistido com os neandertais -- primos mais próximos do Homo sapiens -- ou até mesmo com humanos modernos.
Os trabalhos que levaram à descoberta foram patrocinados pela National Geographic Society, dos EUA, e pela Fundação Nacional de Pesquisa da África do Sul.
 
 
 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Cientista brasileiro cria 'minicérebro' para testar droga contra síndrome

Um grupo de cientistas liderados pelo brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, usou "minicérebros" criados em laboratório para simular uma doença neurológica e testar drogas para tentar curá-la.
As estruturas usadas na pesquisa foram criadas a partir de células da pele de pacientes da chamada "síndrome do duplo MECP2", que causa problemas cognitivos e motores graves. Crianças com essa doença rara – que só teve sua causa genética identificada há cerca de uma década – dificilmente chegam a mais de dez anos de idade. Ainda não há tratamento para a síndrome, mas o grupo de Muotri encontrou uma substância que deve passar por um teste clínico em breve.
A droga foi encontrada após o cientista usar minicérebros doentes para testá-la. Para criar essas estruturas, a equipe do biólogo usou células da pele de pacientes como ponto de partida para criar neurônios em laboratório. Dessa forma, as estruturas criadas poderiam imitar os problemas de desenvolvimento nervoso que ocorrem nos portadores da doença.
A primeira coisa que os cientistas fizeram foi reverter as células cutâneas dos pacientes para um estágio primitivo, similar ao das células-tronco de embriões humanos, unidades genéricas não especializadas. Depois disso, as células foram reprogramadas para se transformarem em neurônios, os quais formaram enfim os minicérebros ou “neurosferas”, termo técnico adotado pelos cientistas.
Essas estruturas orgânicas são uma versão aprimorada das culturas de células – células mantidas vivas em pires de laboratório, usadas para observar o comportamento de tecidos. No caso do tecido nervoso, a vantagem de criar esses “organoides” sem deixá-los grudar na base do pires é que eles reproduzem a maneira tridimensional com que os neurônios estão no cérebro. Dessa forma, é possível simular com mais precisão o efeito de doenças nervosas.
Simulação“O minicérebro não tem uma estrutura completa e não é um cérebro em miniatura”, explica Muotri. “Muito provavelmente ele não 'pensa' e não tem consciência, mas ele simula de forma rudimentar o tipo de organização que existe no cérebro humano.”
A vantagem de usar minicérebros em laboratório é que eles crescem como culturas de células e formam naturalmente uma estrutura em camadas – similar à que existe no córtex, a superfície do cérebro, responsável pelo processamento mais sofisticado de informações no sistema nervoso. Possuindo tamanho médio em torno de 30 micrômetros — largura de um fio de cabelo de bebê – essas estruturas são maiores que os grupos isolados de neurônios em cultura de células bidimensionais. É possível assim, medir os impulsos elétricos que trafegam por essa estrutura e verificar se estão ocorrendo de forma normal.
Ao observar os minicérebros criados a partir de células dos portadores da síndrome do duplo MECP2, os cientistas notaram que os neurônios – células naturalmente dotadas de ramos e filamentos que as conectam umas às outras – estavam se ramificando demais. Isso fez com que criassem entre si conexões em excesso e de forma desordenada, impedindo o desenvolvimento saudável do cérebro.
A doença possui esse nome porque esse defeito congênito é causado pela multiplicação do gene MECP2, que normalmente só possui uma cópia no DNA. Conhecendo o gene que causava a doença, os cientistas buscaram moléculas que pudessem interferir nas reações bioquímicas relacionadas a ele no organismo.
Testando mais de 40 drogas, os cientistas encontraram uma que conseguiu reverter os efeitos nocivos da doença nos minicérebros. Um composto sintético batizado com a sigla NCH-51, descoberto já há alguns anos numa varredura em busca de drogas contra o câncer, “curou” as neurosferas sem causar efeitos colaterais. O resultado do trabalho foi descrito num estudo de Muotri que sai nesta segunda-feira na revista “Molecular Psychiatry”.
Os cientistas devem entrar dentro de alguns meses com um pedido de autorização para realizar um ensaio clínico onde a substância será testada nas crianças doentes. O trabalho provavelmente terá continuidade no Centro de Genética Humana de Leuven, na Bélgica, que colaborou com o grupo de Muotri e possui mais expertise na área clínica.
Se a droga se mostrar segura e eficaz nos testes clínicos, o trabalho liderado pelo biólogo brasileiro deverá ser o primeiro a obter sucesso usando essa técnica para encontrar medicamentos.
 
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