terça-feira, 28 de abril de 2015

III Congresso de Biomedicina de Santa Catarina e III Simpósio de Hemoterapia de Blumenau

III Congresso de Biomedicina de Santa Catarina
III Simpósio de Hemoterapia de Blumenau
14 a 16 de maio de 2015 

Confira a programação completa, obtenha mais informações e faça sua inscrição no site do evento: http://biomedicinabnu.com.br/mensagem/196


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Pesquisa japonesa mostra que contato visual ajuda a criar vínculo com cães

“O olhar é a linguagem do coração.” Dessa forma, William Shakespeare mostrou que a expressão dos afetos se dá não por palavras — “cheias de falsidade ou de arte”, escreveu o bardo —, mas pelos olhos. Cerca de quatro séculos mais tarde, a ciência dá razão ao inglês. O contato visual tem o poder de estabelecer fortes vínculos, e não apenas entre pessoas. Um estudo japonês, publicado na edição de hoje da revista Science, sugere que o amor sentido por humanos em relação a seus cachorros se deve, em grande parte, à troca de olhares. E mais: o sentimento parece ser recíproco.
A partir de experimentos feitos com cães e seus tutores, os cientistas mostraram que a troca de olhares aumenta — nos bichos e nos humanos — a produção do hormônio ocitocina, já apontado como fundamental para fortalecer os laços entre mães e filhos. Os autores do trabalho acreditam que essa reação orgânica é resultado de um processo evolutivo conjunto iniciado na época da domesticação, iniciada há cerca de 35 mil anos.

A suspeita de que a ocitocina poderia desencadear nos cachorros um efeito semelhante ao que ocorre no organismo dos humanos já existia, mas a nova pesquisa conseguiu aprofundar o tema e obter resultados mais sólidos. “Nós já publicamos outros trabalhos em que o olhar do cão para o proprietário aumentou o nível de ocitocina, mas se tratava só de uma via, do cão para humano. Nesse estudo, exploramos a comunicação mútua entre o ser humano e os cães”, conta ao Correio Takefumi Kikusui, pesquisador da Universidade de Azabu, no Japão, e coautor do estudo.

Desta vez, os cientistas pediram para que cães e tutores ficassem por 30 minutos em um quarto, onde tinham todos os comportamentos (fala, emissão de sons, toques e trocas de olhares, por exemplo) monitorados e medidos. Depois, foram colhidas amostras de urina da dupla, enviadas para exame. Os resultados mostraram que, quanto maior o contato visual, mais altos eram os níveis de ocitocina detectados. “Esse hormônio age sobre o cérebro, provavelmente no sistema límbico, para facilitar a comunicação de ligação em uma relação de ‘parentesco’, estimulada pelo olhar. O interessante é que esse comportamento de conexão funciona para os seres humanos não apenas com outros de sua espécie”, afirma Tafekumi.

Fonte: Correio Brasiliense: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/04/17/interna_ciencia_saude,479729/pesquisa-japonesa-mostra-que-contato-visual-ajuda-a-criar-vinculo-com.shtml

terça-feira, 14 de abril de 2015

Casos de dengue aumentam 240% em 2015; país tem 460,5 mil infectados

O Ministério da Saúde registrou até 28 de março deste ano 460,5 mil casos de dengue no país. O aumento é de 240,1% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram registrados 135,3 mil casos da doença.
Na comparação com o mesmo período de 2013 – quando foram notificados 730,8 mil casos – a redução é de 37%.
É comum que o número de casos de dengue oscile ao longo dos anos. Em alguns anos há um número muito grande e, em outros, um número menor. Depende muito dos sorotipos que estão circulando e varia de região para região.
Segundo a pasta, nas 12 primeiras semanas do ano foram confirmadas 132 mortes provocadas pela dengue, aumento de 29% em comparação com o ano passado, que registrou 102 óbitos. No mesmo período de 2013, houve registro de 278 mortes (-52%).
O levantamento aponta que o estado com maior taxa de incidência de dengue é o Acre, com 882,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida vem Goiás, com 702,4/100 mil e São Paulo, com 585,5 casos/100 mil habitantes.
 
A classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que lugares com mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes são considerados em situação de epidemia.
Em relação ao total de casos, São Paulo lidera, com 257.809 ocorrências, seguido de Goiás (45.819), Minas Gerais (30.153), Paraná (22.687) e Rio de Janeiro (13.181).

Centro-Oeste tem maior incidência
A região Centro-Oeste apresentou até 28 de março a maior incidência de casos, com 393,3/100 mil habitantes (59.855 casos), seguida pelo Sudeste, com 357,5/100 mil habitantes (304.251 casos) e Norte, com 112,4/100 mil habitantes (19.402 casos).
O Nordeste vem na quarta posição, com 91,2 ocorrências por 100 mil habitantes (51.521 casos), e o Sul em quinto, com 88,8 notificações/100 mil habitantes (25.773 casos).
 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Conclusão do Genoma Câncer propõe reavaliação estratégica

Um imenso trabalho dos Estados Unidos para produzir o perfil de 10 mil tumores chegou oficialmente ao fim. Iniciado em 2006 com um orçamento de US$100 milhões, o Atlas do Genoma do Câncer (TCGA, em inglês) se tornou o maior componente do Consórcio Internacional do Genoma do Câncer, uma colaboração de cientistas de 16 nações que descobriram quase 10 milhões de mutações relacionadas ao câncer.

A pergunta é o que fazer a seguir. Alguns pesquisadores querem continuar a se concentrar no sequenciamento; outros preferem expandir seu trabalho para explorar como as mutações que foram identificadas influenciam o desenvolvimento e a progressão do câncer.

“O TCGA deveria ser finalizado e considerado uma vitória”, declara Bruce Stillman, presidente do Laboratório Cold Spring Harbor, em Nova York. “Sempre encontraremos novas mutações associadas a um tipo específico de câncer. A pergunta é: qual é a relação de custo-benefício?”.

Stillman foi um dos primeiros defensores do projeto, mesmo quando alguns pesquisadores temiam que ele pudesse afastar recursos de financiamentos individuais. O Atlas começou como um projeto de três anos, e foi estendido por mais cinco anos. Em 2009, ele recebeu US$100 milhões adicionais dos Institutos Nacionais da Saúde, além de US$175 milhões em estímulo de pesquisa que deveriam acelerar a economia dos Estados Unidos durante a recessão econômica global.

O projeto teve dificuldades no começo. Naquele momento, a tecnologia de sequenciamento só trabalhava com tecidos moles que haviam sido rapidamente congelados. Mesmo assim, a maioria das biópsias clínicas são fixadas em parafina e marcadas para serem examinadas por patologistas. Encontrar e custear amostras frescas de tecido se tornou a maior fonte de gastos do programa, explica Louis Staudt, diretor do Escritório para a Genômica do Câncer do Instituto Nacional do Câncer (NCI) em Bethesda, no estado de Maryland.

Outro problema foi a complexidade dos dados. Ainda que alguns ‘indutores’ [também identificados como drivers] se destacassem como contribuintes para o desenvolvimento do câncer, a maioria das mutações formava uma confusa mistura de anomalias genéticas, com pouco em comum entre tumores. Testes de drogas que visavam os drivers logo revelaram outro problema: cânceres costumam desenvolver resistência rapidamente, normalmente ativando genes diferentes driblar qualquer processo celular bloqueado pelo tratamento.

Apesar dessas dificuldades, quase todos os aspectos da pesquisa do câncer se beneficiaram do TCGA, observa Bert Vogelstein, geneticista do câncer da Johns Hopkins University em Baltimore, Maryland. Os dados produziram novas maneiras de classificar tumores e apontaram alvos e carcinógenos anteriormente desconhecidos. Mas alguns pesquisadores acreditam que o sequenciamento ainda tem muito a oferecer. Em janeiro, uma análise estatística de dados de mutação para 21 cânceres mostrou que o sequenciamento ainda tem o potencial de encontrar mutações clinicamente úteis.

Em 2 de dezembro, Staudt anunciou que quando o TCGA for completado, o NCI continuará o sequenciamento intensivo de tumores de três cânceres: ovariano, coloretal e adenocarcinoma de pulmão. Ele então planeja avaliar os frutos desse trabalho extra antes de decidir se quer adicionar outros cânceres.

Escopo expandido

Dessa vez, porém, os estudos serão capazes de incorporar informações clínicas detalhadas sobre a saúde do paciente, histórico de tratamento e resposta a terapias. Como agora pesquisadores conseguem usar amostras fixadas em parafina, eles podem aproveitar dados de exames clínicos anteriores, e estudar como mutações afetam o prognóstico de um paciente e sua resposta ao tratamento. Staudt declara que o NCI anunciará um pedido de propostas para sequenciar amostras tomadas durante exames clínicos usando os métodos e rotas de análise estabelecidos pelo TCGA.

O resto do Consórcio Internacional do Genoma do Câncer, que deve divulgar planos iniciais para uma segunda onda de projetos em fevereiro, provavelmente usará uma abordagem semelhante, explica seu co-fundador Tom Hudson, presidente do Instituto para a Pesquisa do Câncer de Ontario em Toronto, no Canadá. A ideia de encontrar sequências que façam um tumor responder a terapias já foi adotada por financiadores do governo em vários países ansiosos para reduzir custos de saúde, explica ele. “Terapias de câncer são muito caras. Então nossa prioridade é descobrir quais pacientes responderiam a um medicamento caro”.

O NCI também está apoiando a criação de um repositório para dados não apenas de seus próprios projetos, mas também de trabalhos internacionais. Isso deve levar o acesso a dados e ferramentas de análise para um maior número de pesquisadores, explica Staudt. No momento, os dados da genômica do câncer constituem cerca de 20 petabytes, e são tão grandes e difíceis de administrar que apenas instituições com uma capacidade computacional considerável podem acessá-los. Mesmo assim, seu simples download pode levar meses.

Staudt admite que não é possível depender do financiamento de estímulo para abastecer esses planos. Mas um sequenciamento mais acessível e a capacidade de usar biópsias armazenadas em bancos biológicos devem reduzir seu custo, observa ele. “A genômica está no centro de grande parte do que fazemos na pesquisa do câncer”, explica ele. “Agora podemos formular perguntas mais específicas”.

Este artigo foi reproduzido com permissão e foi publicado pela primeira vez em 5 de janeiro de 2015.
 

terça-feira, 7 de abril de 2015

OMS estima 2 milhões de mortes por comida e água contaminadas

No Dia Mundial da Saúde lembrado hoje (7/04/15), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a importância da segurança alimentar. A estimativa do órgão é que, todos os anos, 2 milhões de pessoas morrem após ingerir comida e água contaminadas.
 
Os dados mostram que, em 2010, ocorreram pelo menos 582 milhões de casos de 22 tipos de doenças de origem alimentar, além de 351 mil óbitos associados a esse tipo de problema. Os agentes responsáveis pela maioria das mortes são a bactéria salmonella (52 mil mortes), a bactéria E. coli (37 mil mortes) – Escherichia Coli, um tipo de bactéria que habita normalmente o intestino humano e o de alguns animais – e o norovírus (35 mil mortes).
 
Os números indicam que a África é onde foi identificado o maior número de casos de doenças de origem alimentar, seguido pelo Sudeste da Ásia. Mais de 40% das pessoas atingidas por essas enfermidades, em 2010, eram crianças menores de 5 anos.
 
Em nota, a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, destacou que a produção de alimentos sofreu um forte processo de industrialização, com distribuição globalizada, e que tais mudanças abrem caminho para a contaminação por bactérias, vírus, parasitas e produtos químicos.
 
Ainda de acordo com a OMS, alimentos contaminados podem provocar mais de 200 tipos de doenças, desde diarreia ao câncer. Alguns exemplos de alimentos considerados não-seguros incluem os mal cozidos de origem animal, frutas e vegetais contaminados por fezes e mariscos contendo biotoxinas.
 
O órgão cobrou que os esforços para prevenir surtos de doenças de origem alimentar sejam reforçados por meio de plataformas internacionais como a oferecida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
 
“O público tem papéis importantes na promoção da segurança alimentar, desde praticar a higiene correta dos alimentos e aprender a tratar alimentos específicos que podem ser perigosos (como frango cru) até ler os rótulos das embalagens ao comprar e preparar os alimentos”, destacou a OMS.
 
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